Xiphactinus devora uma ave Hesperornis. Crédito: Julius T. Csotonyi © Science Photo Library / Instituto Smithsoniano |
Atualizado em dezembro de 2020
O Xiphactinus (combinação de grego e latim que significa "espada raiada", em referência aos raios de suas nadadeiras) foi o maior peixe ósseo do período Cretáceo e um dos maiores peixes ósseos predatórios que já existiram, chegando a mais de 6 m de comprimento e 1 tonelada. Viveu entre 112 e 66 milhões de anos atrás (da idade Albiana do Cretáceo Inferior à idade Maastrichtiana, no final do Cretáceo Superior), nos mares de todo o mundo.
Em vida, o Xiphactinus devia lembrar um enorme camurupim (Megalops atlanticus), com seu corpo hidrodinâmico e uma boca fortemente voltada para cima, embora não seja aparentado a esse peixe moderno. Outra diferença é que o Xiphactinus tinha grandes dentes, usados para segurar firmemente as presas maiores enquanto as engolia. Ele era um predador voraz, que ingeria animais inteiros com até metade de seu próprio tamanho, incluindo peixes, tartarugas, mosassauros jovens e aves marinhas. Ao menos uma dúzia de espécimes foi coletada com vestígios de presas indigestas ou parcialmente digeridas em seus estômagos, incluindo peixes e uma nadadeira de mosassauro.
Sua massa corporal indica que pode ter sido capaz, ao menos até certo ponto, de regular sua temperatura interna, ou seja, era um animal endotérmico, característica que permite um estilo de vida mais ativo. Uma cauda poderosa e nadadeiras peitorais em forma de asas impulsionavam o corpo longo e delgado do Xiphactinus agilmente pelas águas. Estima-se que podia atingir uma velocidade próxima a 60 km/h quando perseguia uma presa e, devido ao formato do corpo, suspeita-se que também podia saltar para fora da água e capturar pterossauros na superfície. No entanto, ele mesmo era caçado por predadores maiores, como os tubarões Cretoxyrhina e Squalicorax, dos quais alguns fósseis também preservam evidências de que se alimentaram de Xiphactinus.
Dezenas de esqueletos completos, vários esqueletos parciais e milhares de vértebras desse peixe já foram encontrados. A grande quantidade de fósseis ao redor do mundo indica que o animal tinha uma distribuição cosmopolita. Restos foram descobertos nos Estados Unidos (Kansas, Geórgia, Alabama, Carolina do Norte e Nova Jersey), Canadá, Europa, Austrália, Venezuela e Argentina. O primeiro registro foi feito nos anos 1850, na Formação Niobrara, no Kansas, e o gênero foi nomeado em 1870, pelo paleontólogo americano Joseph Leidy.
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Superclasse: Osteichthyes
Classe: Actinopterygii
Ordem: †Ichthyodectiformes
Família: †Ichthyodectidae
Subfamília: †Ichthyodectinae
Gênero: †Xiphactinus
Espécies: †Xiphactinus audax e †X. vetus
Reconstruções de Xiphactinus, Platecarpus (atrás) e Protostega (ao fundo, à esquerda) no Museu de História Natural Sam Noble Oklahoma, em Norman, Oklahoma, EUA. Crédito: Vince Smith, 2011 |
então eles eram o equivalente a barracudas?
ResponderExcluirPode se dizer que sim, embora muito maiores!
Excluircomo eu aguardei por essa postagem atualizada, está perfeito!
ResponderExcluirMuito obrigado, Vinícius!
ExcluirVocê mudou de posição a imagem, kkkk!
ExcluirAdorei a referência do: Como diz o ditado, "o peixe morre pela boca". Kkkk!
ExcluirKkkkk! Você está atento, hein! Valeu!
ExcluirÉ uma pena que depois da atualização do Blogger as legendas das imagens agora ficam em uma fonte menor, na versão para web. 🙁
Porcaria, eu percebi que ficaram pequenas mesmo.
Excluirfelipe uma sugestao interessante e a belantsea um peixe que parecia uma flor ela tem um rosto meio estranho
ResponderExcluirLegal!
ExcluirAcho que seria uma idiotice dizer não existiram monstros marinhos, é só conhecer os superpredadores do passado e saberão, kkk!
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