O titanossauro Maxakalisaurus topai é atacado por um grupo de abelissaurídeos Pycnonemosaurus nevesi, na região central do Brasil, mais de 80 milhões de anos atrás. © Maurilio Oliveira |
Atualizado em setembro de 2024
O Brasil já conta com mais de quarenta espécies de dinossauros reconhecidas que viveram em seu território, a grande maioria delas, infelizmente, pouco conhecida pelo público geral. Esse número, entretanto, pode ser até pequeno se comparado à quantidade de descobertas feitas em outros países, como os Estados Unidos, o Reino Unido, mais recentemente a China e até nossa vizinha Argentina. Ao longo dos anos, o empenho dos paleontólogos brasileiros e ações de popularização contribuíram para fomentar as pesquisas e, assim, a paleontologia brasileira vem crescendo cada vez mais, embora ainda faltem profissionais e recursos. Descobertas feitas em terras brasileiras mostram que o País tem diversas espécies distintas e de grande valor para a ciência, chamando a atenção de pesquisadores de todo o mundo.
Os cientistas acreditam que o Brasil tenha abrigado uma grande variedade de dinossauros. Os que são conhecidos até agora viveram nos períodos Triássico ou Cretáceo. O nosso Jurássico ainda é uma incógnita: possivelmente, durante esse período, o território brasileiro foi soerguido por uma pluma de calor do manto do planeta, expondo as rochas à erosão e dificultando a formação de fósseis.
Durante a maior parte da era Mesozoica, nosso país esteve em condições de extrema aridez, e a oferta de alimentos era mais escassa. Por isso, muitos dos dinossauros que viveram por aqui são considerados pequenos. Mas isso não significa que o Brasil não era lar de alguns gigantes, até pela proximidade com a Argentina, onde foram encontrados os maiores dinossauros do mundo. Outro fato interessante é que, como os continentes estavam unidos, os exemplares brasileiros e africanos guardam muitas semelhanças entre si e fazem parte das mesmas linhagens.
Quando os continentes se dividiram, o litoral tornou-se mais úmido e desenvolveu mais vegetação, aumentando a diversidade de espécies. Na região de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, as florestas de coníferas e samambaias serviam de alimento para diversas espécies de titanossauros, grandes herbívoros de pescoço e cauda compridos. Os titanossauros tiveram bastante êxito durante o Cretáceo e os maiores deles viveram na América do Sul.
Quando os continentes se dividiram, o litoral tornou-se mais úmido e desenvolveu mais vegetação, aumentando a diversidade de espécies. Na região de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, as florestas de coníferas e samambaias serviam de alimento para diversas espécies de titanossauros, grandes herbívoros de pescoço e cauda compridos. Os titanossauros tiveram bastante êxito durante o Cretáceo e os maiores deles viveram na América do Sul.
O ambiente árido da Bacia Bauru, no Cretáceo, abrigava dinossauros como Maxakalisaurus topai (em primeiro plano, um adulto e um jovem), Uberabatitan ribeiroi (à esquerda) e Arrudatitan maximus (grupo ao fundo), bem como o crocodilomorfo Baurusuchus salgadoensis. Crédito: Vitor Silva |
Pegadas fossilizadas no Vale dos Dinossauros, em Sousa, na Paraíba. Foto: Cacio Murilo |
A seguir, você verá uma lista com todas as espécies nomeadas de dinossauros brasileiros conhecidos até agora, em ordem de publicação das descobertas. Vale a pena conhecê-los! Essa lista será atualizada constantemente, acompanhando as descobertas mais recentes feitas no País.
Os dinossauros brasileiros
1. Staurikosaurus pricei
© Mark Hallett, 1990 |
A primeira espécie reconhecida no Brasil também é um dos dinossauros mais antigos do mundo. O Staurikosaurus pricei viveu há cerca de 225 milhões de anos, no sul do País. Seus fósseis foram encontrados em uma fazenda perto de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 1936, pelo paleontólogo brasileiro Llewellyn Ivor Price. A espécie, porém, só foi descrita em 1970. A Formação Santa Maria faz parte do geoparque Paleorrota, região do estado que contém vários depósitos fossilíferos datados do Permiano ao Triássico.
2. "Antarctosaurus" brasiliensis
Crédito: Felipe Alves Elias, 2011 |
Restos desse dinossauro, incluindo partes de dois membros e um pedaço de vértebra, foram encontrados em 1970, no Grupo Bauru, e descritos por seus descobridores, em 1971, como uma nova espécie de Antarctosaurus, saurópode conhecido a partir de fósseis argentinos. A espécie, no entanto, é considerada um nomen dubium, ou seja, um nome científico de aplicação duvidosa, já que não é possível afirmar com certeza se o material pertence ao gênero Antarctosaurus.
3. Irritator challengeri
Crédito: Tuomas Koivurinne, 2011 |
O fóssil dessa espécie foi extraído na Formação Santana, Ceará, em data desconhecida, e vendido ilegalmente a um museu alemão, que publicou a descoberta em 1996. A pior parte da história, porém, é que os contrabandistas haviam adulterado as características originais do fóssil, alongando o focinho com pedaços colados de rocha e fragmentos. Os cientistas ficaram tão exasperados com o trabalho que tiveram para remover todo o material artificial que deram ao animal o nome Irritator, do inglês irritating, "irritante".
4. Angaturama limai
© Felipe Alves Elias, 2004 |
Encontrado na Chapada do Araripe, Ceará, o espécime já era conhecido pelos cientistas brasileiros em 1991, mas só foi descrito em fevereiro de 1996, logo depois do Irritator. Esses dois animais eram muito semelhantes e teriam vivido na mesma época e no mesmo lugar. Além disso, o pedaço de mandíbula do Angaturama curiosamente parece completar o crânio do Irritator, o que poderia significar que os fósseis sejam do mesmo indivíduo. Por isso, alguns pesquisadores consideram-nos a mesma espécie, enquanto outros defendem sua distinção. Se ambos forem confirmados sinônimos, somente o nome Irritator challengeri será válido, por ter sido registrado cerca de um mês antes pelos pesquisadores alemães.
5. Gondwanatitan faustoi
Crédito: Felipe Alves Elias, 2011 |
Fósseis foram encontrados em uma fazenda no município de Álvares Machado, São Paulo, em 1983, mas eles só começaram a ser estudados em 1997. Dois anos depois, Gondwanatitan faustoi foi reconhecido como um novo gênero e espécie. Seu nome significa "titã de Gonduana", o supercontinente ao qual a América do Sul pertencia no início do Cretáceo.
6. Guaibasaurus candelariensis
Crédito: Rodolfo Nogueira |
Este é um dinossauro bastante primitivo, que viveu no atual estado do Rio Grande do Sul, há mais de 212 milhões de anos. Foi encontrado em 1990, próximo à cidade de Candelária, e anunciado em 1999 como um terópode basal. Entretanto, um estudo de 2007 o considerou um sauropodomorfo, classificando-o em um grupo muito primitivo de dinossauros saurísquios: a família Guaibasauridae, que inclui também o Saturnalia.
7. Saturnalia tupiniquim
Crédito: Rodolfo Nogueira |
Encontrado em rochas ao lado da rodovia BR-508, na área urbana de Santa Maria - RS, em 1998, o Saturnalia tupiniquim teve sua descrição publicada em julho de 1999. Viveu há 225 milhões de anos (foi um dos primeiros dinossauros) e seu nome remete ao Carnaval, época em que foi descoberto. Mas não é só isso que o torna distinto: o Saturnalia, juntamente com o Guaibasaurus, provavelmente é uma criatura próxima do ancestral comum dos sauropodomorfos e terópodes, os dois grupos em que os dinossauros saurísquios se dividem.
8. Santanaraptor placidus
© Maurilio Oliveira |
Este é um dos achados mais importantes do País, por preservar vestígios de tecidos moles, algo muito raro de acontecer. Pouquíssimos fósseis com essas características já foram encontrados pelo mundo. No entanto, o fóssil descoberto em Santana do Cariri, Ceará, em 1991, apresenta não apenas ossos fossilizados, mas sinais de pele, fibras musculares e vasos sanguíneos de 112 milhões de anos! O dinossauro foi batizado em 1999.
9. Pycnonemosaurus nevesi
© Maurilio Oliveira |
Um dos maiores dinossauros carnívoros do Brasil, o Pycnonemosaurus é também o maior exemplar da família Abelisauridae. Viveu há 70 milhões de anos, na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, e foi descoberto em 1952. Em 2002, quando foi descrito pelos cientistas, era o maior terópode brasileiro, com 7 m de comprimento. Atualmente sabe-se que chegava a quase 9 m, mas acabou ficando em segundo lugar.
10. Amazonsaurus maranhensis
Crédito: Deverson da Silva (Pepi) |
O primeiro dinossauro da Bacia Amazônica foi descoberto em 1991, pelo professor Dr. Cândido Simões, em Itapecuru-Mirim, Maranhão, e nomeado em 2003 como Amazonsaurus maranhensis. Anteriormente, apenas um dente de dinossauro havia sido encontrado na região, mas não pôde ser identificado. O Amazonsaurus pertence ao grupo Diplodocoidea, mas, diferentemente de seus parentes gigantes, não passava de 12 m de comprimento, sendo um dos menores representantes de seu grupo.
11. Mirischia asymmetrica
Crédito: Rodolfo Nogueira |
Encontrada em Araripina, Pernambuco, a espécie foi descrita em 2004 por pesquisadores europeus, depois que seus fósseis foram traficados para fora do Brasil. Seu nome significa "quadril maravilhoso assimétrico", devido às diferenças entre os ísquios da direita e da esquerda no quadril do indivíduo descoberto. O material também possui vestígios de tecidos moles, como parte do intestino, preservados. Acredita-se que seja parente do Compsognathus europeu e, nesse caso, seria o primeiro compsognatídeo conhecido da América do Sul.
12. Unaysaurus tolentinoi
Crédito: Rodolfo Nogueira |
Diz a história que um senhor aposentado caminhava apressado (atrasado para uma partida de bocha) por uma estrada, no interior de São Martinho da Serra, no Rio Grande do Sul, em uma tarde ensolarada de maio de 1998, quando avistou o que pareciam ser ossos da mão de um animal saindo de uma pedra. Instigado a descobrir do que se tratava, chamou os pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que identificaram o fóssil, em dezembro de 2004, como uma nova espécie de dinossauro. Semelhante ao Plateosaurus da Europa, o Unaysaurus viveu há 225 milhões de anos, no final do Triássico.
13. Baurutitan britoi
Crédito: Felipe Alves Elias, 2010 |
Encontrado no distrito de Peirópolis, em Uberaba, Minas Gerais, em 1957, seu nome se refere ao Grupo Bauru, conjunto de formações geológicas ao qual pertence a Formação Marília. Apenas em janeiro de 2005 foi oficialmente publicado e apresentado ao público como uma nova espécie de dinossauro. Com 3,5 m de altura e 12 m de comprimento, o Baurutitan era um grande herbívoro que vagava pela região central do Brasil, 70 milhões de anos atrás.
14. Trigonosaurus pricei
Crédito: Rodolfo Nogueira |
O Trigonosaurus foi descoberto juntamente com o Baurutitan, no mesmo local, em 1957. Entretanto, o material dos dois animais permaneceu, durante muitos anos, arquivado no Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro - RJ, até ser estudado e ter sua descrição finalmente publicada, em 2005. Esse herbívoro era um pouco menor que seu conterrâneo: chegava a 9,5 m e 8 t. Difere do Baurutitan, ainda, pela cauda mais robusta e longa.
15. Adamantisaurus mezzalirai
Crédito: Felipe Alves Elias |
Foi encontrado por trabalhadores durante uma obra de extensão de uma estrada de ferro, em Flórida Paulista - SP, em 1959. Os fósseis só foram coletados graças aos esforços do geólogo Sérgio Mezzalira, que acabou sendo homenageado através da nomeação da nova espécie. Depois de muito tempo guardado no museu do Instituto Geológico de São Paulo, à espera de um especialista que o estudasse, o material foi descrito em janeiro de 2006.
16. Maxakalisaurus topai
Crédito: (autor desconhecido) |
Uma votação popular apelidou carinhosamente de "Dinoprata" o esqueleto desse titanossauro, por ter sido descoberto no município de Prata, Minas Gerais, em 1995, durante a construção de uma estrada. Para extrair da terra seis toneladas de fóssil, foram precisos quatro anos de trabalho: de 1998 a 2002. O exemplar fossilizado morreu jovem: seus ossos têm sinais de pisoteio e da ação de predadores e carniceiros. Além disso, dentes de dinossauros e de crocodilos foram achados por perto. Apresentado ao público em agosto de 2006, Maxakalisaurus topai era o maior dinossauro brasileiro até então, com 13 m de comprimento e quase 9 t, mas já se sabia que havia fósseis ainda maiores esperando para serem estudados.
17. Uberabatitan ribeiroi
Crédito: (autor desconhecido) |
Ossos robustos indicavam que o Uberabatitan ribeiroi podia passar dos 15 m de comprimento, sendo ainda maior que o Maxakalisaurus. Descoberto na Serra da Galga, em Uberaba, Minas Gerais, e descrito em julho de 2008, foi um dos últimos dinossauros a viverem antes da extinção do final do Cretáceo. Por vários anos após sua descoberta, era visto como um saurópode de porte médio, entretanto novos fósseis da espécie, descritos em 2019, fizeram com que tomasse o posto de maior dinossauro brasileiro, chegando aos 26 m de comprimento!
18. Tapuiasaurus macedoi
© Andrey Atuchin |
Entre 2005 e 2008, novos fósseis foram achados nos arredores de Coração de Jesus, ao norte de Minas Gerais, que permitiram a nomeação de uma nova espécie brasileira, em fevereiro de 2011. Tapuiasaurus macedoi não se diferencia tanto do padrão anatômico dos titanossauros conhecidos no mundo, mas destaca-se por ter seu crânio totalmente preservado. No Brasil, este é o primeiro crânio de titanossauro encontrado; no mundo, só existem outros dois, quase completos.
19. Oxalaia quilombensis
Crédito: Paulo Márcio Esper, 2011 |
A descoberta do maior dinossauro carnívoro do Brasil foi anunciada em março de 2011. O Oxalaia quilombensis, também um dos maiores espinossaurídeos, chegava a 14 m de comprimento e 7 t e viveu há 95 milhões de anos, no litoral do Maranhão. Restos de um maxilar e dentes foram encontrados na Ilha do Cajual - MA, ainda em 1999.
20. Arrudatitan maximus
Crédito: (autor desconhecido) |
Fósseis encontrados no município de Cândido Rodrigues, interior de São Paulo, em 1997, foram diagnosticados em 2011 como uma nova espécie de Aeolosaurus, um titanossauro conhecido da Argentina. O Aeolosaurus maximus seria a maior espécie do gênero. Entretanto, essa classificação foi recebida com certa dúvida por parte dos pesquisadores, tanto que, em maio de 2021, com base em novas técnicas de identificação, a espécie ganhou um gênero próprio: Arrudatitan. O Arrudatitan maximus, portanto, media entre 19 e 22 m de comprimento, sendo considerado o terceiro maior dinossauro brasileiro.
21. Pampadromaeus barberenai
Crédito: Rodolfo Nogueira |
Apresentado ao mundo em novembro de 2011, Pampadromaeus barberenai é um dos mais antigos membros da linhagem dos sauropodomorfos, compartilhando também algumas características com o grupo dos terópodes. Seus fósseis, que correspondem ao esqueleto desarticulado de um único indivíduo, possibilitaram a reconstrução quase completa do animal e foram descobertos em rochas de 228 milhões de anos, nas proximidades de Agudo, no Rio Grande do Sul, em 2004.
22. Brasilotitan nemophagus
Crédito: Rodolfo Nogueira |
Mais um saurópode brasileiro, pequeno em relação aos demais, com 9 m de comprimento. Descoberto às margens da Rodovia Raposo Tavares, em Presidente Prudente, São Paulo, os fósseis foram coletados em 2000 e incluem parte da mandíbula do animal, algo raro entre os titanossauros. Infelizmente, muitos dos restos ósseos foram quebrados ou perdidos durante obras de alargamento da rodovia. A descrição da espécie foi publicada em agosto de 2013.
23. Austroposeidon magnificus
Comparação entre Austroposeidon, Maxakalisaurus e Gondwanatitan. © Maurilio Oliveira, 2016 |
Na década de 1950, o paleontólogo Llewellyn Ivor Price (1905-1980) coletou, entre outros, alguns ossos gigantes nas proximidades de Presidente Prudente, São Paulo. Mas, por falta de recursos para examiná-lo, o material acabou sendo deixado de lado, em um armário do Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro - RJ. Somente em 2013 a importância daquela descoberta começou a ficar clara, quando um grupo de pesquisadores finalmente resolveu estudá-lo. Em outubro de 2016, foi apresentado como o maior dinossauro descoberto no Brasil: membro do grupo dos titanossauros, o Austroposeidon magnificus tinha 25 m de comprimento. Hoje, estima-se que o Uberabatitan podia ser um pouco maior, com 26 m.
24. Buriolestes schultzi
© Maurilio Oliveira, 2016 |
Outro sauropodomorfo brasileiro bastante primitivo é o Buriolestes schultzi, descoberto em trabalho de campo entre 2009 e 2010, em São João do Polêsine, região central do Rio Grande do Sul. Foi nomeado em novembro de 2016. O animal viveu há mais de 230 milhões de anos, mas a qualidade de preservação de seus fósseis surpreende e fornece novas informações sobre a origem e a evolução dos dinossauros.
25. Triunfosaurus leonardii
Crédito: Deverson da Silva (Pepi), 2017 |
O Triunfosaurus leonardii ("lagarto da bacia Triunfo") pode ser distinguido de outros saurópodes pelas proporções e características de seu ísquio e vértebras, descobertos no oeste da Paraíba. A região é conhecida por sua abundância de rastros e pegadas de dinossauros, mas dificilmente restos ósseos são encontrados por lá. A espécie, nomeada e descrita em fevereiro de 2017, viveu entre 145 e 130 milhões de anos atrás.
26. Bagualosaurus agudoensis
Esse bicho bagual (regionalismo gaúcho que significa, entre outras coisas, um animal grande) foi assim nomeado por ser maior que os outros dinossauros da época em que viveu. É a sétima espécie de dinossauro descrita para o Triássico do Rio Grande do Sul e foi descoberta em 2007, no município de Agudo. Divulgado em maio de 2018, o Bagualosaurus agudoensis fornece evidências de que os sauropodomorfos se tornaram animais herbívoros e avantajados bastante cedo em sua linhagem.
27. Thanos simonattoi
Crédito: Juan(-username-) |
Quando fãs de quadrinhos encontram um novo dinossauro, o resultado não poderia ser diferente. O nome desse predador é uma homenagem ao vilão Thanos, da Marvel Comics, antagonista do blockbuster Vingadores: Guerra Infinita, de 2018, mesmo ano em que a descoberta do animal foi anunciada. Thanos (o dinossauro, claro) viveu durante o Cretáceo em Ibirá, São Paulo - é o primeiro dinossauro carnívoro da região Sudeste -, e media cerca de 5 m de comprimento.
28. Macrocollum itaquii
© Márcio L. Castro |
Mais um dinossauro brasileiro bastante antigo foi descrito em novembro de 2018. Três esqueletos fossilizados foram escavados em rochas triássicas do município de Agudo, no Rio Grande do Sul, em 2013 - a primeira ocorrência de esqueletos completos de dinossauros no Brasil. O sauropodomorfo Macrocollum itaquii viveu há 225 milhões de anos e é considerado o dinossauro de pescoço longo mais antigo do mundo.
29. Nhandumirim waldsangae
Nhandumirim se depara com um pequeno cinodonte Alemoatherium, que pode ser sua próxima presa. Crédito: Jorge Blanco |
Tendo vivido há 233 milhões de anos, o Nhandumirim waldsangae é um dos dinossauros carnívoros mais antigos do mundo. O fóssil da espécie, incompleto e bastante fragmentado, foi descoberto em fevereiro de 2012, por uma equipe de pesquisadores, no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, a poucos metros de onde havia sido encontrado o Saturnalia e em rochas da mesma idade que o Staurikosaurus. Com um nome que significa, em tupi-guarani, "pequena ema", foi descrito em fevereiro de 2019.
30. Vespersaurus paranaensis
Crédito: Rodolfo Nogueira |
O primeiro dinossauro do estado do Paraná foi anunciado em junho de 2019. Trata-se do Vespersaurus paranaensis, um pequeno terópode de 80 cm de altura, que viveu há 90 milhões de anos, no período Cretáceo. Os fósseis foram encontrados na região do município de Cruzeiro do Oeste e chamam a atenção por revelar uma criatura que apoiava a maior parte de seu peso em apenas um dedo do pé. Curiosamente, um enigmático conjunto de pegadas fossilizadas, que se encaixam perfeitamente na anatomia do Vespersaurus, havia sido descoberto nas mesmas rochas na década de 1970.
31. Itapeuasaurus cajapioensis
Crédito: Cretaceous Research |
Em 2014, o pescador Carlos Wagner Silva encontrou um úmero fossilizado na praia de Itapeua, em Cajapió, Maranhão. No ano seguinte, mais materiais foram descobertos e, em julho de 2019, a nova espécie foi descrita - a segunda do estado do Maranhão, depois do Amazonsaurus. Assim como ele, o Itapeuasaurus era um saurópode de pescoço relativamente curto, e ambos pertencem à mesma família, Rebbachisauridae. Viveu há 96 milhões de anos, no período Cretáceo, não passava de 10 m de comprimento e pesava entre 5 e 7 t.
32. Gnathovorax cabreirai
Crédito: Márcio L. Castro |
33. Aratasaurus museunacionali
© Maurilio Oliveira, 2019 |
Este dinossauro foi batizado com a intenção de homenagear o esforço dos pesquisadores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro - RJ, que continuaram seu trabalho mesmo após o incêndio que destruiu a maior parte do acervo da instituição, em setembro de 2018. Descobertos na bacia do Araripe, no sertão do Ceará, em 2008, os fósseis do dinossauro estavam abrigados em um anexo do museu que não foi afetado pelas chamas. Aratasaurus significa "lagarto nascido do fogo". A nova espécie foi apresentada em julho de 2020 e consiste em um terópode celurossauro, que viveu há 115 milhões de anos e media mais de 3 m de comprimento, embora ainda estivesse em fase de crescimento quando morreu.
34. Spectrovenator ragei
O fóssil do "caçador fantasma", que é o significado de seu nome, veio "de brinde" no mesmo bloco de rocha que continha o Tapuiasaurus e estava escondido embaixo do animal maior. Seu esqueleto estava bem preservado e incluía um crânio praticamente completo. A descoberta do Spectrovenator ragei foi divulgada em outubro de 2020. É um dos abelissaurídeos mais antigos (viveu no Cretáceo Inferior, há 120 milhões de anos) e também um dos menores, medindo apenas 2,20 m de comprimento.
35. Erythrovenator jacuiensis
Outro caçador, desta vez o "caçador vermelho" (em alusão à coloração avermelhada do fóssil), foi descoberto em 2017 e anunciado em dezembro de 2020. Parte de um fêmur fossilizado foi encontrado em Agudo, o município gaúcho com o maior número de espécies de dinossauro. As análises indicam que o Erythrovenator jacuiensis era um dos membros mais primitivos da linhagem dos terópodes. Tinha cerca de 2 m de comprimento, pesava 9 kg e provavelmente era um predador ágil, que perseguia os precursores dos mamíferos há 230 milhões de anos.
36. Ubirajara jubatus
Esta criatura do tamanho de uma galinha, que viveu há 110 milhões de anos, possuía uma característica única: além de uma espécie de crina no dorso, ostentava um par de longas "fitas" rígidas sobre os ombros, que deviam servir para atrair parceiros ou intimidar inimigos. Infelizmente, não foi só a aparência extravagante do novo dinossauro brasileiro que chamou atenção quando a descoberta foi anunciada, em dezembro de 2020. O fóssil, encontrado na região do Crato, no Ceará, foi levado para a Alemanha de forma ilegal, ainda em 1995, e estudado sem a participação de nenhum pesquisador do Brasil, infringindo a legislação do país. Indignados, cientistas brasileiros iniciaram uma campanha nas redes sociais, pedindo respeito pelo nosso patrimônio científico e reivindicando a repatriação do fóssil. Após uma longa negociação diplomática entre os dois países, o fóssil finalmente retornou ao Brasil em junho de 2023 e foi depositado no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri, Ceará, próximo à região onde foi escavado.
Ubirajara é uma palavra tupi que significa "senhor portador da lança", uma referência às estruturas elaboradas nos ombros do animal. Ubirajara também é o nome de um livro de José de Alencar, no qual o personagem principal, ironicamente, é um índio puro, que ainda não se corrompeu perante a cultura europeia.
37. Ypupiara lopai
Descoberto em Peirópolis, Minas Gerais, entre as décadas de 1940 e 1960, o material dessa espécie permaneceu guardado no Museu Nacional por décadas, até começar a ser estudado pouco antes do trágico incêndio que atingiu o prédio. Os dois únicos ossos conhecidos infelizmente se perderam, e a publicação do artigo que nomeava e descrevia o novo dinossauro foi adiada. Somente em agosto de 2021 os pesquisadores anunciaram o Ypupiara lopai como o primeiro dromeossaurídeo brasileiro. Ele viveu no final do Cretáceo. Com um porte considerado de médio a grande para um raptor, media até 3 m de comprimento e se alimentava de pequenos animais, como anfíbios, lagartos e peixes.
38. Kurupi itaata
Crédito: Júlia d'Oliveira, 2021 |
Em setembro de 2021, cientistas apresentaram o quarto abelissaurídeo brasileiro, encontrado em Monte Alto, São Paulo. Os estudos e escavações que resultaram no achado estavam em curso desde 2002, mas apenas em 2014 os paleontólogos compreenderam a importância da descoberta. O Kurupi itaata viveu há 70 milhões de anos, media 5 m de comprimento e pode ter sido um dos últimos grandes carnívoros a vagar pela região antes do evento que extinguiu os dinossauros não avianos. Uma curiosidade é o nome do animal: Kurupi é o deus guarani da sexualidade e foi escolhido para batizá-lo porque os fósseis foram encontrados ao lado de um motel.
39. Berthasaura leopoldinae
Crédito: Maurilio Oliveira, 2021 |
Escavada entre 2011 e 2014 em Cruzeiro do Oeste, no Paraná, e anunciada em novembro de 2021 pelo Museu Nacional da UFRJ, esta é uma espécie inédita em vários sentidos. Berthasaura é a primeira terópode não aviana descoberta que não possuía dentes desde sua juventude - outros dinossauros, como o Limusaurus da China, perdiam os dentes na idade adulta, mas o espécime da Berthasaura era um indivíduo jovem, de aproximadamente 1 m de comprimento e 80 cm de altura. Seu excelente estado de conservação a torna o dinossauro brasileiro mais completo de que se tem conhecimento para o período Cretáceo, além de seu crânio ser um dos mais completos do mundo entre os noassaurídeos. Também é a primeira terópode com nome genérico feminino, um dos poucos nomes de dinossauros que homenageiam mulheres. Na verdade, trata-se de uma homenagem tripla: a Bertha Lutz, eminente pesquisadora brasileira vinculada ao Museu Nacional; a Maria Leopoldina, primeira imperatriz do Brasil e defensora das ciências naturais; e à escola de samba Imperatriz Leopoldinense, que em 2018 homenageou o Museu Nacional no desfile de carnaval do Rio de Janeiro.
40. Ibirania parva
O primeiro saurópode anão das Américas recebeu o apelido de "Bilbo", o pequenino personagem de O Hobbit, e viveu no sudeste do Brasil há 80 milhões de anos. Ao contrário da maioria dos titanossauros, que atingiam tamanhos colossais, o Ibirania media apenas 5,7 m de comprimento quando adulto. Seu porte reduzido seria resultado das condições ambientais em que vivia, como a baixa umidade e a escassez de alimento no interior paulista do final do Cretáceo. Os fósseis do animal começaram a ser localizados em 1999, no município de Ibirá, mas a espécie só foi batizada e descrita em setembro de 2022. Os estudos sobre o material, no entanto, já levaram a outras descobertas. Em 2021, pesquisadores haviam identificado, pela primeira vez, uma infecção parasitária sanguínea em ossos de Ibirania.
41. Caieiria allocaudata
O Caieiria tem esse nome porque seus fósseis foram encontrados na Pedreira Caieira, em Peirópolis, Minas Gerais, mesmo local de onde vieram o Baurutitan e o Trigonosaurus. Na verdade, o Caieiria foi descrito a partir de uma série de vértebras caudais que antes pertenciam ao Trigonosaurus. O mesmo estudo, publicado em novembro de 2022, também propôs que o material restante atribuído ao Trigonosaurus não difere o suficiente do Baurutitan para eles serem considerados dois animais distintos. Seriam, portanto, sinônimos, com o gênero Trigonosaurus deixando de ser válido.
42. Tietasaura derbyiana
Esse é o primeiro dinossauro do grupo dos ornitísquios identificado no Brasil, mas seu fóssil não é novo. O material da espécie foi coletado entre 1859 e 1906, na Bacia do Recôncavo, na Bahia, por uma expedição do Museu de História Natural de Londres - trata-se, portanto, de um dos primeiros ossos de dinossauro encontrados na América do Sul. Contudo, o pedaço de fêmur esquerdo do animal foi originalmente confundido como pertencente a um crocodiliforme, assim permanecendo por mais de cem anos, e era considerado perdido. Até que uma equipe de paleontólogos brasileiros o encontrou no museu londrino e o reexaminou, corrigindo sua identificação para a de ornitópode. O estudo foi publicado em abril de 2024 e batiza a criatura em homenagem à personagem-título da obra Tieta do Agreste, do renomado autor baiano Jorge Amado, bem como ao geólogo e naturalista Orville A. Derby, um dos pioneiros da paleontologia brasileira. Assim como, no romance, Tieta sai de sua cidade natal e retorna, anos depois, causando alvoroço, a Tietasaura teve seus vestígios levados do Brasil há muito tempo e então volta à cena com contribuições importantes para a representação dos ornitísquios brasileiros.
A Tietasaura tinha porte pequeno, de cerca de 2 m de comprimento, e, como os demais ornitísquios, um focinho em forma de bico, estrutura da pelve semelhante à das aves e alimentação herbívora. Viveu há 130 milhões de anos, no Cretáceo Inferior.
Fontes: InfoEscola, Estadão, GaúchaZH, Wikipédia, Terra, Carta Educação, UOL Notícias, Science 2.0, Invivo, Veja, CNN, BBC Brasil, Estadão, Folha de S.Paulo, Folha de S.Paulo, UOL Notícias, Terra, Planeta Universitário, G1, Folha de S.Paulo, G1, UFRGS, DHoje Interior, UFSM, Pesquisa Fapesp, Jornal da USP, O Imparcial, Jornal da USP, JCNET, O Tempo, UFSM, Galileu, Veja, Agência Brasil, Agência Brasil, Conexão UFRJ, Superinteressante, PeerJ e Uerj.
Muito bom!! Parabéns!!
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirFilipe sabia que o iguanodon é brasileiro e também o sarcosuchus ele viveu na África na América e no Brasil também tem pterosauros espero que coloque na lista o iguanodon e o sarcosuchus
ExcluirNa verdade, o que temos no Brasil são pegadas de algum dinossauro do grupo dos iguanodontes, mas não sabemos se é uma espécie diferente ou não, por isso não está na lista. Quanto ao Sarcosuchus e os pterossauros, eles não são dinossauros! Existem muitos outros animais pré-históricos brasileiros que não estão aqui.
ExcluirGostei cara! Você fez mais uma atualização
ResponderExcluirSim, acrescentei as últimas descobertas.
ExcluirFelipe! Tenho uma dúvida
ResponderExcluirPoderia me dizer porque algumas espécies de saurópodes da América do Sul (especialmente do Brasil) eram relativamente "pequenas", se comparado com os de outros continentes?
À exceção do Austroposeidon, vale lembrar, realmente os saurópodes brasileiros não são tão grandes como os de outros países. Não sei dizer por quê. Talvez os maiores simplesmente não tenham sido descobertos ainda! Nossa vizinha Argentina possui várias das maiores espécies conhecidas, mas também possui bem mais espécies que o Brasil.
ExcluirEu acho isso estranho, mas ao mesmo tempo mostra a variedade de dinossauros que o Brasil já teve no passado
Excluiro que significa austroposeidon?
ResponderExcluir"Poseidon austral" ou "Poseidon do sul", combinando o latim auster com Poseidon, o deus grego dos mares e terremotos.
Excluirei Felipe faz um blog do cistecephalus,diictodon e rhinesushus
ResponderExcluirOi Lucas! Você quis dizer postagens... Ok, já anotei.
ExcluirMuito obrigado, Paulo!
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa. Pena que não se encontrou nada do Jurássico (por enquanto). Creio que também tivemos saurópodes gigantescos durante tal período, mas que não se achou registro...
ResponderExcluirSim, também acho isso, pois a fossilização depende de certas circunstâncias para acontecer. Fico feliz que tenha gostado da postagem! Volte sempre!
ExcluirInteressante, não temos outros dinossauros herbívoros (além dos prossaurópodes e saurópodes) no geral, como não temos fósseis que datem do período Jurássico (que foi quando surgiram os ornitíquios) fica difícil atribuir fósseis aos ornitíquios. Me corrija se eu estiver errado.
ResponderExcluirBem, embora tenham surgido no Jurássico, os ornitísquios tiveram um grande desenvolvimento durante o Cretáceo, mas pelo que parece foram mais predominantes no hemisfério Norte. Ainda assim, há algumas espécies da Argentina e vestígios no Brasil também, como pegadas atribuídas a iguanodontes e anquilossauros (sem relação com restos corporais conhecidos). Portanto, sabe-se que eles viveram no nosso território, sim, mas ainda não foram descobertos.
ExcluirEntão só nos resta esperar por uma grande descoberta como um dinossauro do Jurássico
ExcluirMas, e o elaphrossauro?
ExcluirAlguns dentes encontrados no Maranhão, que datam do Cretáceo, foram relacionados a outros encontrados no Níger, por isso foram TENTATIVAMENTE atribuídos a essa espécie, Elaphrosaurus iguidensis. Só que mesmo o E. iguidensis é uma espécie duvidosa do gênero Elaphrosaurus, que viveu no Jurássico da Tanzânia. Portanto, pelo que eu entendo, essa nomeação é provisória, na tentativa de relacionar as espécies, mas não se tem certeza nenhuma ainda.
ExcluirFelipe, coloca o Aratasaurus.
ResponderExcluirSim, vou colocar.
ExcluirOi Felipe, ótimo blog e ótima postagem. Eu queria avisar que foi descoberto um novo dino brasileiro chamado de aratasaurus museunacionalis. Vc poderia incluir ele nessa postagem? Parabéns pelo blog!!!
ResponderExcluirOi xará! Muito obrigado! Fiquei sabendo do novo dinossauro, logo vou adicioná-lo, sim! Valeu.
ExcluirUau lindo
ResponderExcluirColoca o Spectrovenator, Felipe!
ResponderExcluirSim, vou colocar em breve!
ExcluirFoi descoberta mais uma especie de dinossauro no Brasil! Seu nome é spectrovenator!
ResponderExcluirQue demais, né? Logo vou adicioná-la.
ExcluirFelipe, parabéns pela iniciativa.
ResponderExcluirMuito obrigado! 😃
ExcluirFeilpe, olha eu tenho te dizer, o Brasil não para de evoluir na paleontologia, mais um gênero de dinossauro contendo apenas uma espécie já foi nomeado, o Erythrovenator.
ResponderExcluirObs: você viu o estudo da reconstrução que eles fizeram do cérebro do Buriolestes?
Sim, inclusive eu compartilhei essa notícia no Facebook do blog. É realmente incrível! A paleontologia brasileira está alçando voo, e certamente ainda tem muita coisa para ser anunciada!
ExcluirEu não falei! Olha lá, paleontólogos já estão desvendando o enigma da origem dos pterossauros, através de fósseis brasileiros!
ExcluirLink: https://jornal.usp.br/ciencias/pesquisadores-desvendam-enigma-ligado-a-origem-dos-pterossauros/
Cara... Já descreveram outro dinossauro brasileiro. O compsognatídeo Ubirajara jubatus.
ExcluirCaramba! Sobre o Ubirajara não tinha visto ainda. O estudo da origem dos pterossauros achei incrível: era um enigma de dois séculos! A paleontologia brasileira está dando uma contribuição inestimável para a Ciência.
Excluirsem dúvidas um dos enigmas que eu mais quis saber se tinha um estudo bem aprofundado, a paleontologia brasileira ainda vai nos revelar muitas coisas incríveis!
ExcluirFelipe eu gostaria de informar que foi descrito mais um dino do brasil além do spectrovenator e o erythrovenator. Essa semana foi descrito também Ubirajara, um dino do Ceará.
ResponderExcluirSim, obrigado por avisar! Vou adicioná-los.
Excluirnum ano, 3 dinos novos (se tiverem fora os spectrovenator e o erythrovenator, repatriarem eles também)
ResponderExcluirEm 2020 foram 4 dinossauros! Mas somente o fóssil do Ubirajara está fora do país.
ExcluirAEE! Eles têm que repatriarem o Ubirajara! Gostei da atualização!
ResponderExcluirSim, além de vários outros fósseis levados daqui ao longo de muitos anos! Porém, é uma coisa difícil de resolver.
Excluirqual o tamanho em cm ou metros do ubirajara?
ResponderExcluirPela escala de uma ilustração no artigo sobre o animal, ele media 1,4 m de comprimento e 45 cm de altura.
Excluire o peso?
ExcluirO peso de um peru ou frango de grande porte, segundo a National Geographic, o que daria em torno de 5 a 10 kg.
ExcluirBom dia Felipe, tudo bem???
ResponderExcluirGostaria muito de fazer um álbum de figurinhas com esse conteúdo para alunos brincarem, interagirem e aprenderem sobre dinossauros do Brasil... Como faço para pedir autorização para utilizar as imagens evitando problemas posteriores? meu zap é (91) 98515-3994
Desde já agradeço.
Olá, Prisley! Como essas ilustrações não são minhas, sugiro tentar entrar em contato com algum paleoartista. Eles estão creditados na legenda de cada imagem.
ExcluirFelipe! Saiu um estudo de 2019 ouvi uma redescrição do Uberabatitan e ele se "tornou" agora o maior dinossauro brasileiro, com 26 m.
ResponderExcluirÉ só um metro mais longo que o Austroposeidon, mas já tá valendo, rsrs!
Estudo:
https://www.biotaxa.org/Zootaxa/article/view/zootaxa.4577.3.1
Nossa, não tinha visto isso! Então agora, baseado em novos fósseis, o Uberabatitan provavelmente é o maior dino do Brasil! Incrível!
ExcluirBom, é o maior dinossauro descrito para o Brasil até agora, é fantástico!
ExcluirOi Felipe, por acaso o carcharodontossauro não era um dinossauro do Brasil ou não podemos afirmar isso ainda ?
ResponderExcluirOi! Na verdade, dentes de carcarodontossauro foram encontrados no Maranhão, mas eles só foram atribuídos ao gênero Carcharodontosaurus, sem uma espécie em particular. Na postagem eu só mencionei as espécies de dinossauros nomeadas com base em fósseis brasileiros, mas acho que eu deveria mudar isso.
ExcluirInteressante demais! Bom ver que o Brasil tá dando mais valor às nossas descobertas... Muito legal ver que vários dinossauros foram catalogados nos últimos cinco anos
ResponderExcluirSim, hoje o Brasil realiza várias pesquisas na área de paleontologia, com relevância a nível mundial!
ExcluirBlog extraordinário!
ResponderExcluirValeu!
ExcluirFelipe! Você viu o estudo novo que saiu, em que eles mudaram o Aeolosaurus maximus para Arrudatitan maximus?
ResponderExcluirVi sim! Ele ganhou um gênero próprio agora.
ExcluirOLÁ FELIPE! VC PODERIA ADICIONAR O CEARADACTYLUS ELE ERA UM PTEROSSAURO QUE VIVEU NO CEARÁ! ACHO QUE FOI O PRIMEIRO PTEROSSAURO BRASILEIRO EU ACHO?
ResponderExcluirOlá! Já tem uma postagem sobre o cearadáctilo aqui no site! E não, ele não foi o primeiro.
ExcluirOlá Felipe, você acha que o Spectrovenator era maior do que o tamanho que eles encontraram?
ResponderExcluirAcho que isso é possível. Há uma ilustração do paleoartista Felipe Elias, inclusive, que retrata o holótipo da espécie como um indivíduo imaturo junto a um grupo de Spectrovenator adultos. Mas não cheguei a ler tão a fundo pra ver se isso procede.
Excluirparabéns pelo o trabalho ficou incrível ate peguei alguns dinossauros para fazer um desenho.
ResponderExcluirHaha, obrigado!
ExcluirFelipe, faz uma postagem sobre os pterossauros do Brasil, o meu prferido dos pterossauros do Brasil é o Arthurdactylus conandoylei.
ResponderExcluirFarei sim!
Excluircaramba felipe voce atualizou mais atualizou de verdade ate colocou os dinosaurus brasileiros tudo certinho colocou ate informacao sobre eles cada vez seu site melhora mais
ResponderExcluirMuito obrigado, Gaspar!
ExcluirCara parabens pelo blog descobrir por acaso e estou lendo todas as postagens!
ResponderExcluirObrigado, Armani! Aproveito para pedir sua curtida na página no Facebook!
ExcluirVocê devia incluir o espinossauro e o carcarodontossauro, já que foram descobertos dentes deles no Brasil, e inclua também o raptor ypupiara lopai
ResponderExcluirSim, vou incluí-los!
ExcluirOi Filipe! você poderia me dizer qual é o peso estimado para o Uberabatitan? E o buriolestes, ele era herbívoro ou carnívoro? Desde já agradeço
ResponderExcluirOlá, Miguel. Não encontrei uma nova estimativa de peso para o Uberabatitan, mas acredito que ficaria entre 20 e 30 toneladas, tomando por base outros titanossauros de tamanho próximo.
ExcluirO Buriolestes, apesar de ser um sauropodomorfo, era carnívoro. Ele tinha uma visão aguçada e caçava insetos e invertebrados.
Olha eu aqui de novo terminando de ler a nova atualização dessa postagem, hehe! Que mais dromeossaurídeos brasileiros sejam descobertos, o Ypupiara lopai é só o começo.
ResponderExcluirValeu, amigo! Espero que sim!
ExcluirYpupiara lopai oba raptor brasileiro
ResponderExcluirespero que logo logo mais raptores do brasil
ResponderExcluirficou top incrível
ResponderExcluirObrigado!
Excluirfala sobre o cão urso
ResponderExcluirPode deixar
Excluirvc jã falou sobre o deinocheiro???
ResponderExcluirAinda não, mas vou falar.
Excluirfala sobre o kaprosuchus
ResponderExcluirSim
ExcluirSua próxima será do Ypupiara né
ResponderExcluirAinda não
ExcluirNão faz nem um mês direito que descobriram o Ypupiara, e agora elas divulgam a descoberta do Kurupi itaata, o novo abelissaurídeo brasileiro.
ResponderExcluirSim, as descobertas estão a todo vapor!
Excluirum dia vc fala sobre o yutirano
ResponderExcluirCom certeza!
Excluireo shantugossauro
ResponderExcluirSim
Excluirpq vc excluiu a postagem dele
ExcluirEu nunca cheguei a fazer uma postagem sobre ele 🧐
Excluirent pq na postagem Quantos dinossauros existiram? tem o shantugossasuro
ExcluirAh, sim. Daqueles dinossauros da imagem é o único que falta fazer ainda.
ExcluirInclui o kurupi itaata
ResponderExcluirSim
Excluiratualiza o do galimimus ou pelagornis
ResponderExcluirBeleza, vou atualizar!
ExcluirNossa, 100 comentários, uma das postagens mais comentadas e vistas de seu blog, super parabéns para você, Felipe!
ResponderExcluirAliás, não sei se já perguntei isso, mas vou perguntar mesmo assim, hehehe. Depois da postagem do Anhanguera, qual pretende atualizar?
Obrigado, Vinícius! É verdade, só a postagem do mamenchissauro tem mais comentários (147 até o momento!) - muito embora quase metade deles sejam meus. 😅
ExcluirNão sei ao certo qual vou atualizar em seguida... Quero mexer na postagem do carcarodontossauro. O Micropaquicefalossauro 007 tá me pedindo o galimimo ou a pelagórnis também.
Hm... interessante, ficarei de olho para conferir!
ExcluirFaz uma postagem sobre o chirostenotes.
ResponderExcluirEstá anotado
ExcluirInclui o Kurupi itaata
ResponderExcluirEm breve!
ExcluirMuito cara eu amo dinossauros
ResponderExcluirBerthassauros já já vem
ResponderExcluirPode apostar que sim!
ExcluirInclui a Berthasaura leopoldinae uma nova espécie de dinossauro brasileira.encontrada na cidade de Cruzeiro do Oeste, no Paraná.
ResponderExcluirSim, vou incluir
ExcluirBoa noite, tenho grande interesse em dinossauros, sinapsídeos e outras criaturas pré históricas. Buscando na internet nem sempre encontro informações sobre alguns animais, como no caso da potência da mordida do Giganotossauro. Alguém poderia enviar-me alguns livros sobre o tema ?
ResponderExcluirEm sites de perguntas eu sempre acho as mesmas estimativas : 3,5 toneladas 🙂 . Espero ter ajudado .
ExcluirEu achava que a paleontologia no Brasil era fraca . Era frustrante , eu quase nunca achava notícias sobre descobertas aqui , e sempre que eu achava era sobre um animal minúsculo perdido na evolução . Graças à sua postagem , posso me orgulhar de meu país 😀 .
ResponderExcluirQue ótimo! Ainda pretendo criar uma página dentro do blog focada na pré-história brasileira - tem outros animais interessantes, além de dinossauros, que viveram por aqui!
ExcluirFelipe , e quanto ao Aucasaurus ? Ele não é brasileiro ?
ResponderExcluirNão, ele só foi encontrado na Argentina.
ExcluirEi, faltou você colocar a Berthasaura
ResponderExcluirAgora não falta mais!
ExcluirFelipe, coloca a Berthasaura
ResponderExcluirAí está!
ExcluirFelipe, coloca o Ibirania, ele é um saurópode anão descoberto recentemente
ResponderExcluirObrigado por avisar, Leandro!
ExcluirCaraca mano, falta as descobertas de 2023 e 2024
ResponderExcluirAcabei de acrescentar mais uma, a Tietasaura! Pelo que me lembro, agora falta só a Tiamat.
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