Macrauchenia patachonica © Roman Uchytel |
A macrauquênia (nome que significa "pescoço comprido", do grego) é um mamífero ungulado (com cascos) que viveu nas planícies da América do Sul do final do Mioceno ao final do Pleistoceno, entre 7 milhões e 10 mil anos atrás. Era um herbívoro relativamente grande, com um comprimento em torno de 3 m e massa de até 1 tonelada.
Em vida, a macrauquênia assemelhava-se a um camelo sem corcova, com uma pequena tromba no focinho (cuja presença é indicada pela posição das aberturas nasais no crânio, bem entre os olhos). Apesar disso, ela não tem parentesco estreito nem com os camelos ou lhamas, nem com os elefantes - seus parentes vivos mais próximos são os cavalos, rinocerontes e antas. O pescoço alongado da macrauquênia lhe permitia alcançar árvores e arbustos, dos quais arrancava as folhas com a tromba. Sua boca tinha um conjunto de 44 dentes.
Possuía uma cabeça relativamente pequena, pernas compridas e fortes e pés terminados em três dedos com cascos. As articulações de seus tornozelos e os ossos das canelas tinham uma mobilidade excepcionalmente boa, capazes de mudar de direção rapidamente quando o animal estava em alta velocidade. Devia viver em bandos, para melhor escapar de predadores, os quais incluíam aves-do-terror como Andalgalornis e os tigres-dentes-de-sabre tilacosmilo e esmilodonte.
Macrauchenia patachonica é a espécie mais bem conhecida e foi encontrada principalmente na Formação Luján, na Argentina. O primeiro esqueleto foi descoberto por Charles Darwin, em 1834, durante sua viagem pelo mundo. Apesar de Darwin ter pensado que ele fosse de um mastodonte, esta foi uma das descobertas do naturalista inglês que levaram à formulação de sua Teoria da Seleção Natural. Richard Owen nomeou o mamífero em 1838. Desde então, outros fósseis de macrauquênia foram encontrados, a maioria na Patagônia argentina, mas também na Bolívia e no Chile. As afinidades evolutivas desse animal e seu grupo, contudo, só foram esclarecidas em um estudo de 2017.
Possuía uma cabeça relativamente pequena, pernas compridas e fortes e pés terminados em três dedos com cascos. As articulações de seus tornozelos e os ossos das canelas tinham uma mobilidade excepcionalmente boa, capazes de mudar de direção rapidamente quando o animal estava em alta velocidade. Devia viver em bandos, para melhor escapar de predadores, os quais incluíam aves-do-terror como Andalgalornis e os tigres-dentes-de-sabre tilacosmilo e esmilodonte.
Macrauchenia patachonica é a espécie mais bem conhecida e foi encontrada principalmente na Formação Luján, na Argentina. O primeiro esqueleto foi descoberto por Charles Darwin, em 1834, durante sua viagem pelo mundo. Apesar de Darwin ter pensado que ele fosse de um mastodonte, esta foi uma das descobertas do naturalista inglês que levaram à formulação de sua Teoria da Seleção Natural. Richard Owen nomeou o mamífero em 1838. Desde então, outros fósseis de macrauquênia foram encontrados, a maioria na Patagônia argentina, mas também na Bolívia e no Chile. As afinidades evolutivas desse animal e seu grupo, contudo, só foram esclarecidas em um estudo de 2017.
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Superordem: †Meridiungulata
Ordem: †Litopterna
Família: †Macraucheniidae
Subfamília: †Macraucheniinae
Gênero: †Macrauchenia
Espécies: †Macrauchenia patachonica, †M. boliviensis e †M. ullomensis
Macrauchenia patachonica Crédito: Sergio Pérez |
Esqueletos de Macrauchenia patachonica (maior) e do ungulado primitivo Phenacodus primaevus (menor), no Museu Americano de História Natural, em Nova York, EUA. Crédito: Kevin Yan, 2012 |
Fontes: CNN, Distributional patterns of herbivore megamammals during the Late Pleistocene of South America (GALLO et al., 2013), New Dinosaurs, Scientific American Blog Network e Wikipedia.
Sério que não tem nenhum parentesco com a lhama? Porquê são muito parecidas!
ResponderExcluirPois é, a macrauquênia faz parte de um grupo de mamíferos sul-americanos, os litopternos, que não deixaram descendentes vivos. Inclusive, até pouco tempo atrás não se sabia que parentesco tinham com os mamíferos de hoje.
ExcluirA macrauquenia tem parentesco com o Paracerateriom?
ResponderExcluirAmbos são mamíferos ungulados, ou seja, que possuem cascos. Porém, enquanto o paraceratério é um perissodáctilo hiracodontídeo, parente relativamente próximo dos rinocerontes modernos, a macrauquênia pertence a um grupo-irmão dos perissodáctilos (cavalos, rinocerontes, hiracodontídeos e antas).
ExcluirEra um mamífero pré-histórico de grande porte da América do Sul. Ela parece muito(principalmente a tromba)com uma anta, só que no corpo de uma dromedário.
ResponderExcluirInteressante. Um grande ungulado, parecia com uma anta mas tinha um parentesco com os cavalos.
ResponderExcluirEsse animal se fosse vivo,poderia virá montaria?
ResponderExcluirQuem sabe? Talvez sim!
ExcluirEu queria que o xenorrinotério ainda tivesse vivo!
ResponderExcluirEla parece mais com o antílope saiga.
ResponderExcluirFelipe, uma pergunta! Além da Bahia, algum outro local do Brasil tem ocorrência do xenorrinotério?
ResponderExcluirSim! Rio Grande do Norte e Minas Gerais, além da Venezuela.
ExcluirValeu! Estou estudando muito sobre a megafauna brasileira, mas não consigo encontrar tantas informações. No geral, acabo vendo artigos sobre paleoecologia da megafauna do nordeste (minha terra, haha!).
ExcluirMuito interessante!
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