Crédito: Tito Aureliano Neto |
O purussauro ("lagarto do rio Purus") é um grande jacaré extinto que viveu na América do Sul durante a época Miocena, de 13,8 a 5,3 milhões de anos atrás. Habitava pântanos da região amazônica, desde a Bolívia, passando pelo norte do Brasil, Peru, Colômbia e Venezuela. A maior espécie (Purussaurus brasiliensis) foi estimada em até 12,5 m de comprimento e 8,4 toneladas (outros pesquisadores, porém, defendem um máximo de 10,9 m e 5,6 t) e, portanto, está entre os maiores crocodilomorfos que já existiram. Como praticamente só se conhecem crânios desta espécie (o maior deles medindo 1,75 m), o comprimento total do animal é incerto.
Os crocodiliformes Sarcosuchus e Deinosuchus, do Cretáceo, têm tamanhos similares, mas o purussauro pode ter sido mais pesado, já que sua cabeça curta, larga e robusta exigiria um pescoço mais grosso e forte para sustentá-la. A força de sua mordida é calculada em 69 mil newtons, ou 7 toneladas-força, uma das mordidas mais potentes entre os tetrápodes, superior até à do tiranossauro (que seria de 5,8 tf) - outros cientistas, contudo, rebaixam o valor para 5,25 tf.
O tamanho e a força descomunais faziam o purussauro estar no topo da cadeia alimentar e permitiam que ele incluísse uma grande variedade de presas em seu cardápio. Os indivíduos mais jovens e menores deviam ter uma dieta semelhante à dos atuais jacarés, alimentando-se de peixes, tartarugas, serpentes, aves e pequenos mamíferos, mas, à medida que cresciam, incluíam também grandes roedores, tatus, gliptodontes, preguiças-gigantes, toxodontes e botos, entre outros grandes mamíferos.
Os olhos, ouvidos e narinas do purussauro localizam-se no topo da cabeça, o que indica que o animal ficava de espreita com o corpo dentro da água e atacava por emboscada. Seus dentes, que variam em cada espécie, medem cerca de 5 cm e são levemente curvados para trás, resistentes e ideais para perfurar e esmagar. Ele era capaz de girar o corpo enquanto mordia a presa, como fazem os crocodilos modernos, para arrancar pedaços de carne. Para sobreviver, precisava ingerir uma média de 40,6 kg de alimento por dia.
Conviveram com ele outros grandes crocodilos, como o Mourasuchus e o Gryposuchus. Apesar das vantagens que seu tamanho oferecia, este também pode ter sido a fonte da vulnerabilidade do purussauro às mudanças ambientais, uma vez que demandava um habitat amplo e grande disponibilidade de alimento. A formação da cordilheira dos Andes teve impacto sobre o continente inteiro, em especial a região amazônica, onde os pântanos foram sendo substituídos pelos sistemas de rios que temos hoje, um ambiente em que os grandes jacarés não conseguiram se adaptar.
Purussaurus neivensis ataca um grupo do mamífero Megadolodus. Crédito: Velizar Simeonovski, 2016 |
Os olhos, ouvidos e narinas do purussauro localizam-se no topo da cabeça, o que indica que o animal ficava de espreita com o corpo dentro da água e atacava por emboscada. Seus dentes, que variam em cada espécie, medem cerca de 5 cm e são levemente curvados para trás, resistentes e ideais para perfurar e esmagar. Ele era capaz de girar o corpo enquanto mordia a presa, como fazem os crocodilos modernos, para arrancar pedaços de carne. Para sobreviver, precisava ingerir uma média de 40,6 kg de alimento por dia.
Conviveram com ele outros grandes crocodilos, como o Mourasuchus e o Gryposuchus. Apesar das vantagens que seu tamanho oferecia, este também pode ter sido a fonte da vulnerabilidade do purussauro às mudanças ambientais, uma vez que demandava um habitat amplo e grande disponibilidade de alimento. A formação da cordilheira dos Andes teve impacto sobre o continente inteiro, em especial a região amazônica, onde os pântanos foram sendo substituídos pelos sistemas de rios que temos hoje, um ambiente em que os grandes jacarés não conseguiram se adaptar.
O purussauro foi descrito em 1892, pelo cientista e aventureiro brasileiro João Barbosa Rodrigues, que encontrou seus fósseis às margens do rio Purus, no Acre, durante uma expedição. A espécie Purussaurus neivensis foi encontrada na Colômbia e no Peru e viveu entre 13,8 e 11,8 milhões de anos atrás; Purussaurus mirandai, da Venezuela, viveu de 11,6 a 5,3 milhões de anos atrás; e P. brasiliensis, a maior espécie, viveu no Brasil e na Bolívia entre 9 e 7,2 milhões de anos atrás.
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Crocodilia
Família: Alligatoridae
Subfamília: Caimaninae
Gênero: †Purussaurus
Espécies: †Purussaurus brasiliensis, †P. neivensis e †P. mirandai
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Crocodilia
Família: Alligatoridae
Subfamília: Caimaninae
Gênero: †Purussaurus
Espécies: †Purussaurus brasiliensis, †P. neivensis e †P. mirandai
Fontes: BBC News Brasil, Dinossauros & Afins, Fossilworks, Morphometry, Bite-Force and Paleobiology of the Late Miocene Caiman Purussaurus brasiliensis (AURELIANO et al., 2015) e Wikipedia.
Agora estou em dúvida, qual é realmente o maior crocodilomorfo que já existiu: O purussauro, sarcosuchus, deinosuchus, gryposuchus, mourasuchus, stomatosuchus, rhamphosuchus?
ResponderExcluirPrimeiramente, é difícil dizer com certeza qual é o maior. Devido à falta de esqueletos completos na maioria das espécies, diferentes métodos de comparação com crocodilos modernos são aplicados e os resultados variam. Abaixo, fiz uma lista com as estimativas de tamanho que encontrei para cada crocodilomorfo que você mencionou. Mas, como eu disse, é difícil definir o maior e novos estudos podem mudar esses números.
ExcluirPurussaurus - 12,5 m (embora especialistas tenham questionado e defendam um comprimento de 10,9 m)
Mourasuchus - 12 m
Sarcosuchus - 11 a 12 m (um novo estudo, porém, afirma que ele atingia no máximo 9,5 m)
Deinosuchus - 10,6 m (algumas estimativas chegam a 12 m)
Rhamphosuchus - entre 8 e 11 m
Gryposuchus e Stomatosuchus - cerca de 10 m
Acredito que o Purussaurus realmente seja o maior crocodiliano que já existiu, de acordo com o holótipo do crânio descoberto nos anos 60 no rio Juruá, que mede 1,75m.
Excluiresse crocodiliano é uma criatura fascinante e bem diferentes que agente ver fosseis de outros crocodilos pré-históricos um exemplo: dynamosuchus,deinosuchus...
ResponderExcluirFelipe, poderia atualizar essa postagem e colocar a discussão no tamanho do purussauro?
ResponderExcluirPosso sim, é justo. KKK
ExcluirValeu!
ExcluirSeu blog é muito incrível e não pare ok ?
ResponderExcluirÉ legal a atenção que vc da pra atender as dúvidas críticas ou opiniões das pessoas que visitam seu blog.
É outra coisa, eu te garanto que se no Google vc ganhasse dinheiro com visualização( igual no YouTube) vc tinha ficado milionário só com as minhas visualizações, imagina juntando com o das outras pessoas kkkkk.
Muitíssimo obrigado! Aproveito para pedir, então, que siga a página no Facebook, se ainda não segue! Fico muito feliz com os comentários e gosto de ajudar com o que posso.
ExcluirP.S.: Aceito doações! Kkkkk
vc sabe de um tal de paleoblog
ResponderExcluirAcho que já vi
ExcluirEu me pergunto, se do nada todos os dinossauros revivessem, será que os humanos aguentariam a pressão? Kkkkk
ResponderExcluirKkkkk, seria uma baita pressão! Mas acho que, no nível tecnológico atual, conseguiríamos lidar com isso, sim. Basta lembrar que nossos ancestrais sobreviveram a perigos extremos na natureza selvagem, e hoje temos muito mais recursos.
Excluiraguentaram, vamos! eu aguento, eu até teria dinossauros de estimação.
ExcluirO purussauro é o maior crocodiliformo
ResponderExcluirNÃO, O PURUSAURUS NEVESI NÃO É O MAIOR, O MAIOR É UM RASTRO NA ESPANHA MAIOR
ResponderExcluirMAIOR AINDA! GRANDINHOSIMO
ResponderExcluirTão grande assim não, não é tão tão maior, ele é mais ou menos de 15 m e o purus de 13
ExcluirGrande croco!
ResponderExcluirmuy grand!
ResponderExcluirsole muy muy grand!
ResponderExcluirés o major
ResponderExcluirHello, oi se preferir bambi. vi que estão postando que o purussauro não é o maior crocodilimorfo e sim um espanhol mais eu acreditava que era o purussauro ou sharcoshuchus, pode me dar mais informação sobre o Espanhol.
ResponderExcluirNão sei do que se trata, não encontrei informações sobre esses rastros na Espanha.
Excluireu não lembro onde eu vi também mas as fontes não eram totalmente confiaveis.
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