Metoposaurus e o pequeno anfíbio Gerrothorax. Crédito: Andrey Belov |
O metopossauro ("lagarto dianteiro") é um anfíbio temnospôndilo do final do Triássico, que viveu na Europa e América do Norte, entre 230 e 201 milhões de anos atrás. Alimentava-se principalmente de peixes, que capturava com sua boca ampla, cheia de dentes aciculares afiados. Media até 3 m de comprimento, pesava cerca de 454 kg e vivia em rios e lagos. O metopossauro e seus parentes mais próximos são caracterizados pelos olhos posicionados bem à frente na cabeça.
Esse animal atarracado e predominantemente aquático possuía membros curtos e fracos, mãos amplas, cauda comprida e cabeça larga e achatada. Sulcos no crânio apontam para a presença de um sistema sensorial semelhante à linha lateral dos peixes, que detectaria mudanças na pressão da água causadas por animais nas proximidades. Seus membros eram usados como nadadeiras e faziam movimentos simétricos e simultâneos para nadar. Durante a estação seca, porém, cavava o solo com a cabeça e os braços e enterrava-se para evitar desidratação. Os ossos de metopossauro mostram padrões de crescimento que correspondem a sucessivos períodos úmidos e favoráveis (camadas ósseas altamente vascularizadas), seguidos por longos períodos secos e desfavoráveis ao seu desenvolvimento (camadas compactas com vários intervalos de descanso).
Seus fósseis foram descobertos na Alemanha, Itália, Polônia, França, Portugal, Estados Unidos e Canadá. Várias sepulturas comuns de metopossauros já foram encontradas, provavelmente de indivíduos que se agruparam em poças d'água durante uma seca mas não resistiram. A primeira descrição do metopossauro foi feita em 1842, por Christian von Meyer, na Alemanha.
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: †Temnospondyli
Subordem: †Stereospondyli
Família: †Metoposauridae
Gênero: †Metoposaurus
Espécies: †Metoposaurus diagnosticus (subespécies †M. diagnosticus diagnosticus e †M. diagnosticus krasiejowensis), †M. bakeri, †M. ultimus, †M. ouazzoui e †M. algarvensis
O Metopossauro era gigante?O Prionossuco era 3 vezes maior!Ah, pode falar sobre o Inostrancevia ou o Rubidgea, pfv?
ResponderExcluirTem razão, Netuno, o frio. Comparado ao prionossuco ele não era mesmo um gigante. Já mudei isso no título. Os outros dois animais já estão anotados para futuras postagens. Obrigado pela participação!
Excluirqual a diferença de anfibio pra semi aquatico?
ExcluirA palavra anfíbio, de origem grega, significa "vida dupla", pois esses animais podem viver tanto em terra como na água. Embora o termo anfíbio também possa ser usado para descrever, por exemplo, veículos que funcionam tanto em terra como na água, em Biologia os anfíbios são animais vertebrados que dependem da água para reproduzir-se, possuem pele fina que não protege da desidratação e colocam ovos sem casca, como os sapos e salamandras. Nesse sentido, nem todo animal semiaquático pode ser considerado um anfíbio - os hipopótamos, por exemplo, têm estilo de vida semiaquático, mas são mamíferos.
ExcluirEsse aí se parece com o coolashucus,por causa de seu rosto achatado☺☺☺☺☺☺
ResponderExcluirCaraca, Felipe! O metopossauro é o primeiro animal pré-histórico que tem subespécie que eu conheci. isso por acaso é alguma raridade? Ou, existem outros que tenham subespécie?
ResponderExcluirÉ mesmo incomum vermos alguma espécie pré-histórica que tenha subespécies (além de alguns mamíferos recentes, não estou lembrado de nenhuma outra). Acredito que isso acontece porque dificilmente temos uma grande quantidade de fósseis que represente todas ou a maioria das variações de um organismo.
ExcluirAlém disso, a classificação de seres vivos em gêneros, subgêneros, espécies e subespécies é apenas um modelo que criamos para melhor estudá-los, algo meio "artificial". Com animais extintos, então, acaba sendo uma coisa um tanto subjetiva, ou seja, o pesquisador pode decidir colocar uma nova espécie em um gênero já existente ou criar um novo gênero (sempre baseado em estudos, claro), e isso pode ser depois mudado com novas interpretações ou descobertas. Li uma vez que, se os cães fossem descobertos hoje, por exemplo, eles seriam classificados em várias espécies distintas, por causa das diferenças marcantes entre cada raça. Porém, sabemos que eles formam uma única espécie porque podem se reproduzir entre si e gerar descendentes férteis.
Entendi! Muito Obrigadooo!
ExcluirEu vi que o lobo-terrível tem subespécies.
ExcluirO Canis dirus dirus e Canis dirus guildayi.
Entre os animais do Cenozoico é mais comum encontrarmos esse tipo de classificação mesmo.
ExcluirSim, inclusive eu acho que a espécie Smilodon fatalis tem duas subespécies também.
ExcluirLegal
ResponderExcluirPosta sobre o gerrothorax.
ResponderExcluir👍🏻
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