Digerir vegetais é muito mais difícil que digerir carne. Por isso, veja só as adaptações que os dinossauros herbívoros tiveram que desenvolver para esse tipo de alimentação.
Os grandes dinossauros saurópodes passavam a maior parte do tempo comendo para poder manter o corpo imenso. Seus dentes tinham forma de pino ou colher e normalmente ficavam apenas na parte da frente da boca, só que eram fracos e não muito eficientes para mastigar. Assim, conseguiam apenas cortar e engolir as folhas tenras. Para ajudar a digestão, ingeriam pequenas pedras, que, no estômago, ao se atritarem umas contra as outras, maceravam o alimento. Quando já estavam lisas demais pelo desgaste, eram eliminadas junto com as fezes.
Ao todo, foram encontrados 101 seixos junto com um Diplodocus, o maior deles ao centro. Foto: Gillette, 1994 |
Os grandes dinossauros saurópodes passavam a maior parte do tempo comendo para poder manter o corpo imenso. Seus dentes tinham forma de pino ou colher e normalmente ficavam apenas na parte da frente da boca, só que eram fracos e não muito eficientes para mastigar. Assim, conseguiam apenas cortar e engolir as folhas tenras. Para ajudar a digestão, ingeriam pequenas pedras, que, no estômago, ao se atritarem umas contra as outras, maceravam o alimento. Quando já estavam lisas demais pelo desgaste, eram eliminadas junto com as fezes.
Essas pedras se chamam gastrólitos, do grego gastro (estômago) e lithos (pedra), ou seja, "pedras do estômago", e são encontradas no sistema digestório, geralmente na moela, também de outros animais, extintos ou não. Além de alguns dinossauros, são comuns em crocodilos, jacarés, aves herbívoras, focas, leões-marinhos, alguns cetáceos, ictiossauros e plesiossauros. Gastrólitos variam muito em tamanho. Os dos avestruzes podem exceder 10 cm!
Fóssil de Psittacosaurus com gastrólitos na região do estômago. Foto: Museu Americano de História Natural |
Nos animais extintos, para uma pedra ser considerada um gastrólito ela deve, costumeiramente, responder a três quesitos: ser diferente da rocha encontrada ao redor; ser arredondada e polida; e ser encontrada com os fósseis do animal que a ingeriu. Animais aquáticos como os plesiossauros podem tê-las usado como lastro, para ajudar a se equilibrar na água ou para reduzir sua flutuabilidade, como os crocodilos fazem.
Os gastrólitos fossilizados mais conhecidos são os dos saurópodes do Jurássico. Porém, além das pedras, é provável que esses dinossauros tivessem em seu estômago uma câmara cheia de bactérias que também ajudassem a digerir, a chamada câmara de fermentação.
O estudo dos gastrólitos é muito importante para a Paleontologia porque nos fornece informações importantes sobre a alimentação, a vida e o comportamento dos dinossauros, dando pistas, inclusive, de como esses répteis migraram.
Gastrólitos do Jurássico encontrados em Utah, EUA. |
que legal n sabia q tinha dinossauros q comiam pedras muito legal
ResponderExcluire desses dinosssauros vale destacar tambem o diego brando
ResponderExcluirNão tenho conhecimento do assunto. Ele é um personagem de mangá, certo?
ExcluirSim, e ele se transforma em dinossauro. Tem uma parte em que ele come umas pedras e explica que alguns animais fazem isso para ajudar na digestão, pesquisei sobre isso por causa dele.
ExcluirAh, entendi. KKKK
ExcluirEstou vendo “Planeta Pré-histórico” na Apple TV e vi isso de comer pedra. Não sabia e aí vim pesquisar, parei aqui no seu blog. Muito legal, Felipe! Parabéns!
ResponderExcluirQue bom que chegou até aqui! E fico ainda mais feliz que tenha gostado!
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