28 outubro 2017

Cronossauro, o titã do mar

Kronosaurus queenslandicus
Crédito: Sergey Krasovskiy

    O cronossauro ("lagarto de Cronos", a divindade do tempo na mitologia grega) é um gênero extinto de plesiossauro pliossaurídeo. Com um comprimento estimado em até 10 m, é um dos maiores pliossaurídeos conhecidos e, por isso, foi nomeado de acordo com o líder dos titãs gregos. Pesava cerca de 10 t e viveu no início do período Cretáceo, entre 125 e 99 milhões de anos atrás, em mares rasos pelo mundo (fósseis foram encontrados na Austrália e na Colômbia).

© Mundo Pré-Histórico

    Esse réptil marinho tinha cabeça alongada, pescoço curto, corpo rijo propelido por quatro nadadeiras e cauda relativamente curta. As nadadeiras traseiras eram maiores que as da frente; o crânio massivo media em torno de 2,7 m. Era um nadador veloz e o maior predador das águas em que vivia. Contava com vários dentes longos e cônicos, que, embora não muito afiados, poderiam facilmente quebrar a concha de amonites. Para atacar presas maiores, as agarrava com a boca e sacudia o corpo violentamente até arrancar pedaços de carne, do mesmo modo que os crocodilos fazem. Sua dieta incluía peixes, tartarugas, plesiossauros menores e, possivelmente, lulas-gigantes, que viviam na mesma região. Há evidências diretas de que o elasmossaurídeo eromangassauro e tartarugas eram predadas pelo cronossauro.
    Kronosaurus queenslandicus foi nomeado por Heber Longman, em 1924, com base em um fóssil fragmentário encontrado em 1899, por Andrew Crombie, no estado australiano de Queensland. Em 1992, Oliver Hampe descreveu o Kronosaurus boyacensis, descoberto em Boyacá, na Colômbia. As duas espécies diferem-se principalmente pela configuração de seus dentes, além de outras características do esqueleto.

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Sauropsida
Superordem: †Sauropterygia
Ordem: †Plesiosauria
Família: †Pliosauridae
Gênero: †Kronosaurus
Espécies: †Kronosaurus queenslandicus e †K. boyacensis

O esqueleto reconstruído de Kronosaurus exposto no Museu de História Natural de Harvard teve algumas vértebras a mais inseridas acidentalmente, fazendo-o medir 12,8 m, maior do que realmente seria.
Foto: Museu de História Natural de Harvard, Cambridge, Massachusetts, EUA, 2007
Crédito: Sergey Krasovskiy / Alamy Stock Photo

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