19 março 2011

Paraceratério, um dos maiores mamíferos terrestres

Dois hienodontes passeiam aos pés de um grupo de paraceratérios.
© Mauricio Antón

Atualizado em agosto de 2017

    O paraceratério, também chamado de rinoceronte-girafa, é um gênero de rinoceronte sem chifres que está entre os maiores mamíferos terrestres que já existiram. Estima-se que chegava a 20 t, 4,8 m de altura nos ombros e 7,4 m de comprimento. Viveu na Eurásia, dos Bálcãs à China, entre 34 e 23 milhões de anos atrás, durante o Oligoceno.
    O estilo de vida do paraceratério deve ter sido semelhante ao dos grandes mamíferos modernos, como os elefantes e rinocerontes. Vivia em rebanhos, migrando por amplos territórios, que variavam de desertos com poucos arbustos a florestas subtropicais. Alimentava-se de plantas macias e folhas do topo das árvores. Por causa de seu tamanho, poucos predadores lhe ofereciam perigo e seu período de gestação devia ser bastante longo. Possuía grandes dentes incisivos, pernas altas e fortes como pilares e um pescoço alongado, que suportava um crânio estreito de 1,3 m. Uma longa incisão nasal indica que o paraceratério tinha um focinho muscular, com um lábio superior preênsil, similar ao dos rinocerontes atuais.
    Seu nome significa "próximo à besta sem chifres", em referência ao Aceratherium, um animal ao qual acreditava-se ser semelhante. O gênero Paraceratherium foi criado em 1911, por Clive Forster-Cooper. O tamanho exato do animal é desconhecido, pois nenhum esqueleto completo jamais foi encontrado. O mesmo aconteceu com outros gêneros da mesma família, como Indricotherium e Baluchitherium, que, por causa da falta de materiais comparativos, agora são considerados por muitos cientistas sinônimos de Paraceratherium.

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Perissodactyla 
Família: † Hyracodontidae
Subfamília: † Indricotheriinae
Gênero: † Paraceratherium
Espécies: † Paraceratherium bugtiense, † P. transouralicum, † P. prohorovi e † P. orgosensis

© Mundo Pré-Histórico
O paraceratério possuía dois pares de grandes dentes incisivos separados dos demais, o que indica função diferenciada. Chama ainda mais a atenção o fato de que os inferiores eram voltados para frente - essa pode ter sido uma adaptação para segurar galhos firmemente, enquanto os lábios arrancavam as folhas. Na foto, crânio reconstruído de Paraceratherium transouralicum no Museu Americano de História Natural, Nova York, EUA.
© Kevin Yan

Fontes: Phenomena, Prehistoric Wildlife e Wikipedia.

5 comentários:

  1. Anônimo15/4/18

    Muito imteressante, adoro ler sobre pré-história

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  2. Cara, o rinoceronte-branco (Ceratotherium simum) já é um bicho enorme, imagina o paraceratério!

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  3. Engraçado e a epoca que atualmente me atrai mais

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  4. Nós brasileiros temos uma replica desse bicho vivo em nossa fauna: a anta! Vejam a semelhanças em imagem!

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