18 fevereiro 2012

Elasmossauro, um dos maiores plesiossauros

© Dorling Kindersley

Atualizado em setembro de 2017

    O elasmossauro (do grego "lagarto de placas finas", referindo-se aos ossos de sua cintura pélvica) é um plesiossauro que viveu no Mar Interior Ocidental, onde hoje é a América do Norte, há 80,5 milhões de anos, durante a idade Campaniana do Cretáceo Superior. Chegava a 3 toneladas e 10,3 m de comprimento, dos quais mais da metade correspondia somente ao pescoço. Este era composto por 72 vértebras, um número recorde que só foi batido com a descoberta do Albertonectes.

© Mundo Pré-Histórico

    Possuía um corpo hidrodinâmico, com membros em forma de remos, uma cauda curta e um pescoço extremamente comprido, que chegava a 7,1 m. Devido ao peso, à musculatura limitada e à relativa inflexibilidade das vértebras cervicais, o pescoço do elasmossauro não podia ser dobrado ou erguido muito acima da superfície da água, como mostram muitas ilustrações antigas. Na verdade, ele funcionava como um leme, controlando a direção em que o animal se movia. Nadador lento, o elasmossauro camuflava-se nas águas escuras em mar aberto e espreitava suas presas por baixo. Seus olhos permitiam enxergar diretamente acima e distinguir pequenos animais, como cardumes de peixes e invertebrados marinhos. O crânio achatado portava numerosos dentes pontudos, que projetavam-se para fora da boca e eram adaptados para agarrar as presas, não cortar - para compensar isso, o animal devia ingerir pedras para ajudar na digestão, os chamados gastrólitos.
    Provavelmente dava à luz seus filhotes diretamente na água, como outros répteis marinhos. Suas nadadeiras eram tão rígidas e modificadas para nadar que eles não poderiam sair em terra para pôr os ovos, nem mesmo suportar o corpo fora d'água. Contudo, os répteis marinhos respiravam ar puro. Acredita-se que o parente mais próximo do elasmossauro seja o Styxosaurus, com o qual compartilha algumas características de elasmossaurídeos mais avançados.
    Apesar de ser um dos plesiossauros mais reconhecidos, relativamente pouco se conhece de seu esqueleto. O único espécime de elasmossauro já encontrado consiste em porções do crânio e a maior parte da coluna vertebral. Ele foi descoberto em 1867, no Kansas, EUA, por oficiais do exército americano, e descrito em 1868, pelo paleontólogo Edward Drinker Cope. Este, ao reconstruir o esqueleto, colocou o crânio equivocadamente no que era a ponta da cauda - o que faria sentido se considerarmos as proporções corporais dos lagartos, répteis de pescoço curto e cauda comprida. O erro foi corrigido dois anos depois, por Joseph Leidy. Muitas espécies já foram atribuídas ao gênero Elasmosaurus ao longo dos anos, mas hoje somente uma é considerada válida, Elasmosaurus platyurus ("cauda chata").

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Sauropsida
Superordem: †Sauropterygia
Ordem: †Plesiosauria
Família: †Elasmosauridae
Gênero: †Elasmosaurus
Espécie: †Elasmosaurus platyurus

© Sergey Krasovskiy
Crédito: Museu Canadense de Natureza, Ottawa, Canadá

Fontes: Plesiosaur DirectoryPrehistoric WildlifeThoughtCo e Wikipedia.

7 comentários:

  1. Poderia me dizer qual é o maior representante da família dos plesiossauros?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O elasmossauro talvez seja de fato o maior, várias fontes atribuindo-lhe 14 m de comprimento. Porém, como o tamanho dos plesiossauros é quase sempre uma estimativa, outras espécies concorrem com ele, incluindo o Styxosaurus, o Thalassomedon e o Albertonectes.

      Excluir
  2. Poderia adicionar o macroplata ? Ele era bem interessante .

    ResponderExcluir
  3. Anônimo27/5/24

    Qual é o quilo do Elasmossauro?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quando escrevi o texto, o elasmossauro era estimado em 3 toneladas, ou 3.000 kg. Não encontrei informação mais atualizada.

      Excluir

Todos os comentários passam por aprovação do autor.
Comentários incoerentes ou ofensivos não serão publicados, mas críticas e sugestões são bem-vindas.