A águia-de-haast (Hieraaetus moorei) é uma espécie extinta de águia que viveu na Ilha Sul da Nova Zelândia, do final do Pleistoceno ao Holoceno. Surgiu entre 1,8 milhão e 700 mil anos atrás e desapareceu há aproximadamente 600 anos, apenas. É a maior águia conhecida que já existiu, atingindo 1,4 m de comprimento nas fêmeas e uma altura de aproximadamente 90 cm.
© Mundo Pré-Histórico (Baseado na reconstrução de Roman Uchytel) |
Os machos pesavam 9 a 12 kg e mediam 2,5 m de envergadura. Já as fêmeas eram significativamente maiores, pesando entre 10 e 16,5 kg e medindo 2,6 a 3 m da ponta de uma asa à outra. Sua envergadura era relativamente pequena para seu tamanho, próxima da das maiores águias modernas. Asas curtas podem ter ajudado a águia-de-haast a voar por meio das florestas. Pernas fortes e músculos de voo poderosos permitiam que essa ave, apesar de seu peso, decolasse a partir de um salto inicial do chão. A cauda era quase certamente longa, com mais de 50 cm nas fêmeas, e bastante larga, proporcionando maior sustentação para compensar a redução nas asas.
Em relação a suas espécies ancestrais, a águia-de-haast aumentou cerca de dez a quinze vezes sua massa, em um período de tempo excepcionalmente curto, o que foi possível, em parte, pela presença de grandes presas em seu ambiente e pela ausência de competição com outros grandes predadores. Ela caçava diferentes espécies de moas, grandes aves não voadoras endêmicas da Nova Zelândia, que podiam chegar a 230 kg. Mergulhava do alto sobre a vítima, em uma velocidade estimada em até 80 km/h, e a atingia violentamente pelas costas. Os pés grandes, com garras de até 7,5 cm, eram usados para agarrar e perfurar o pescoço ou a cabeça de uma moa, em um aperto extremamente forte. Seu bico de 13 cm era ideal para cortar carne. Como não havia outros animais necrófagos na ilha, uma única carcaça poderia alimentar uma águia-de-haast por dias.
Um estudo estimou a população de águias-de-haast em 3.000 a 4.500 pares reprodutores, um número que as tornava vulneráveis a mudanças no tamanho da população de moas. A partir do século XIII, chegaram os primeiros seres humanos à Nova Zelândia, os indígenas maoris, que caçaram vigorosamente grandes aves não voadoras, incluindo patos, gansos e moas. Eventualmente, levaram-nas à extinção, por volta do ano 1400. A perda de sua principal fonte de alimento acabou por causar o extermínio da águia-de-haast em torno da mesma época, ainda antes da chegada dos europeus.
Em relação a suas espécies ancestrais, a águia-de-haast aumentou cerca de dez a quinze vezes sua massa, em um período de tempo excepcionalmente curto, o que foi possível, em parte, pela presença de grandes presas em seu ambiente e pela ausência de competição com outros grandes predadores. Ela caçava diferentes espécies de moas, grandes aves não voadoras endêmicas da Nova Zelândia, que podiam chegar a 230 kg. Mergulhava do alto sobre a vítima, em uma velocidade estimada em até 80 km/h, e a atingia violentamente pelas costas. Os pés grandes, com garras de até 7,5 cm, eram usados para agarrar e perfurar o pescoço ou a cabeça de uma moa, em um aperto extremamente forte. Seu bico de 13 cm era ideal para cortar carne. Como não havia outros animais necrófagos na ilha, uma única carcaça poderia alimentar uma águia-de-haast por dias.
Águia-de-haast atacando uma moa. © Stuart Jackson-Carter |
Um estudo estimou a população de águias-de-haast em 3.000 a 4.500 pares reprodutores, um número que as tornava vulneráveis a mudanças no tamanho da população de moas. A partir do século XIII, chegaram os primeiros seres humanos à Nova Zelândia, os indígenas maoris, que caçaram vigorosamente grandes aves não voadoras, incluindo patos, gansos e moas. Eventualmente, levaram-nas à extinção, por volta do ano 1400. A perda de sua principal fonte de alimento acabou por causar o extermínio da águia-de-haast em torno da mesma época, ainda antes da chegada dos europeus.
O animal foi descrito em 1871 por Julius von Haast, a partir de restos encontrados por F. Fuller em um antigo brejo. Haast o nomeou Harpagornis moorei, do grego "ave gancho de Moore", em relação ao proprietário das terras onde a descobertaa ocorreu, George Henry Moore. Vários outros fósseis foram encontrados em seguida. Em 2005, análises de DNA revelaram que a águia-de-haast é mais estreitamente aparentada à pequena águia australiana Hieraaetus morphnoides e à águia-de-botas (Hieraaetus pennatus), e não à grande águia-audaz (Aquila audax), como se pensava. Foi reclassificada, portanto, como Hieraaetus moorei.
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Accipitriformes
Família: Accipitridae
Gênero: Hieraaetus
Espécie: †Hieraaetus moorei
Fontes: New Zealand Birds, New Zealand Birds Online, New Zealand Geographic e Wikipedia.
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Accipitriformes
Família: Accipitridae
Gênero: Hieraaetus
Espécie: †Hieraaetus moorei
Esqueleto montado no Museu de Otago, em Dunedin, na Nova Zelândia. © Alan Tennyson / Museu de Otago |
Comparação das grandes garras de Hieraaetus moorei, que podiam perfurar carne e quebrar ossos, com as de sua parente atual H. morphnoides. |
Fontes: New Zealand Birds, New Zealand Birds Online, New Zealand Geographic e Wikipedia.
Valeu cara! Muito obrigado por atender a minha sugestão!
ResponderExcluirDe nada, amigo! Obrigado por sua participação e assiduidade!
Excluirobrigado também já que também dei essa sugestão
ExcluirPor nada! Volte sempre.
ExcluirSe precisar eu tenho uma grande lista de sugestões como
ResponderExcluiro compsognato, do microraptor, do ozraptor, do hippodraco e do nanuqssauro
Sim, você comentou na postagem anterior também, não é? Já estão anotados!
Excluirsó que tenho muitas mais sugestões, mais de 100 como o nanotirano, vesperssauro, masiakassauro, arau gigante, etc
ExcluirTenho uma sugestão, faz um falando sobre o harrier-de-madeira
ResponderExcluirJá anotei. Mais para frente, talvez.
ExcluirEi cara! Poderia me dizer qual será sua próxima postagem?
ResponderExcluirEla já está quase pronta, mas vou te deixar curioso por mais um tempinho. Só vou adiantar que será uma espécie brasileira.
ExcluirAí cara! Assim você me mata de curiosidade kkkķ, mal posso esperar
ExcluirFelipe, faltou o parêntesis no nome Hieraaetus morphnoides!
ResponderExcluirNão, é que eu quis dizer "a pequena águia australiana [da espécie] Hieraaetus morphnoides", e não que essa espécie é conhecida como águia-australiana. Seu nome popular em inglês é little eagle, que seria "águia-pequena", mas vi que a águia-de-botas também é conhecida como águia-pequena. Então, na falta de um nome popular em português, eu acabei a deixando sem.
ExcluirAh, entendi!
ExcluirFelipe, você pretende falar de espécies que surgiram a muito tempo, mas se extinguiram a pouco? Exemplo: o tilacino que surgiu a 2 milhões de anos, mas foi extinto a provavelmente 80 anos.
ResponderExcluirPretendo sim, Vinícius, assim como eu já trouxe a águia-de-haast. Aliás, isso é interessante para fazermos uma conexão entre o mundo atual e o mundo onde essas espécies antigas viveram e percebermos que um é apenas a continuação do outro.
ExcluirPois poderia falar da vaca-marinha-de-steller, e obrigado pela reposta.
Excluir👍🏻
ExcluirTenho duas idéias de postagens:
ResponderExcluir1. A evolução das aves .
2. Animais "fosseis-vivos".
Sabe aqueles animais que viveram a muito tampo e ainda estam vivos como o tubarão-cobra e o okapi?
Sim, há tempos já pensei nisso também. Vou fazer, sim!
ExcluirEu fico imaginando. A harpia já é uma ave de rapina exageradamente grande - com 2,5 de envergadura, 107 cm de comprimento total e 10 kg para as maiores fêmeas - imagina o que uma águia com 16,5 kg pode fazer...
ResponderExcluirBoa tarde! Eu usei as fontes do blog na minha página do Facebook, chamada Seres Pré Históricos, pois tbm sou fascinado por esses bichos, mas sempre marco o blog como referência, ou seja, coloco o link do site no fim da publicação. Eu poderia continuar pegando umas fontes daqui? Mas sempre vou estar marcando o site como referência.
ResponderExcluirOlá! Você pode, sim, retirar informações do site. Elas estão aí para serem compartilhadas, e fico feliz que o blog esteja servindo como fonte de pesquisa. Mas, se for reproduzir trechos dos textos, peço que referencie a origem e, se possível, coloque um link, como você disse. Valeu!
ExcluirFelipe, eu sempre uso primeiro as informações do seu blog (os links de acesso estão na descrição dos vídeos), gosto muito de compartilhar essas informações!
ExcluirEu não conheço outra pessoa tão dedica quanto você para fazer um site sobre algo que muita pouca gente fala, paleontologia. Parabéns pelo excelente trabalho que faz aqui!
Muitíssimo obrigado, amigo! E você é um dos leitores mais dedicados, kkk!
ExcluirKkkk, de nada e obrigado também!
ExcluirBeleza, pode deixar! Muito obrigado novamente rs! Aí vou estar colocando o link do blog nas próximas publicações.
ExcluirBeleza. Valeu, Nicolas!
Excluirfelipe voce poderia adicionar a moa uma criatura muito antiga ja que voce fez sobre a aguia de haast pensei que voce poderia adicionala sem presa
ResponderExcluirPode deixar!
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