Diplocaulus, o anfíbio com cabeça de bumerangue

Crédito: Sergey Krasovskiy / Stocktrek Images

    O Diplocaulus (que significa algo como "haste dupla") é um anfíbio lepospôndilo extinto da América do Norte. Viveu entre 299 e 251 milhões de anos atrás, do final do Carbonífero ao Permiano. Tinha um corpo atarracado, como uma salamandra, mas era relativamente grande, alcançando até 1 m de comprimento e 4,5 kg. Viveu em pântanos e provavelmente alimentava-se de peixes.

© Mundo Pré-Histórico

    Um dos maiores lepospôndilos, chama a atenção por seu distinto crânio em forma de bumerangue, com longas protrusões nas laterais. Os olhos e as narinas localizavam-se no centro da cabeça, bem à frente. Dotado de membros fracos, o Diplocaulus provavelmente vivia apenas na água e devia nadar com movimentos do corpo para cima e para baixo, como as baleias. As projeções do crânio podem ter agido como barbatanas, ajudando o animal a deslizar pela água e nadar contra as correntezas. Outra possibilidade é que esse formato fosse defensivo, já que até mesmo grandes predadores teriam dificuldade em engolir uma criatura com uma cabeça tão larga.

    Fósseis de três indivíduos jovens dentro de sua toca apresentam sinais de terem sido parcialmente devorados por um dimetrodonte, que provavelmente encontrou os anfíbios e os desenterrou durante uma seca. O Diplocaulus foi descoberto em 1877, no Texas (EUA), e a primeira espécie (Diplocaulus salamandroides) foi descrita por Edward Drinker Cope.

Classificação científica:

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Subclasse: †Lepospondyli

Ordem: †Nectridea

Família: †Diplocaulidae

Gênero: †Diplocaulus

Espécies: †Diplocaulus salamandroides, † D.magnicornis, †D. brevirostris?, †D. recurvatus? e †D. minimus?

Anatomia de Diplocaulus.
© Terryl Whitlatch, 2010

Foto: Museu de Natureza e Ciência de Denver, Colorado, EUA, 2006

Fontes: Enchanted Learning, New Dinosaurs, Reptile Evolution e Wikipedia.