Crédito: Andrey Atuchin, 2015 |
O nasutoceratope ("rosto com chifres de nariz grande", do latim nasutus, "nariz grande", e do grego latinizado ceratops, "rosto com chifres") é um dinossauro ceratópsio que viveu no sudoeste da América do Norte durante a idade Campaniana do Cretáceo Superior, entre 76 e 75,5 milhões de anos atrás. Seu crânio media aproximadamente 1,5 m, e o animal é estimado em 4,5 m de comprimento, até 2,1 m de altura nos ombros e 1,5 tonelada. Como um ceratopsídeo centrossauríneo, era um herbívoro quadrúpede de corpo volumoso, cabeça grande e cauda curta.
© Mundo Pré-Histórico (Baseado na reconstrução de Cisiopurple, 2018) |
Distingue-se, no entanto, pelo focinho incomumente curto e alto e pelos ossos nasais possivelmente pneumatizados (preenchidos por sacos de ar), o que não ocorre em nenhum outro ceratopsídeo. Além disso, seu chifre nasal é baixo e estreito, enquanto os dois chifres da testa são notáveis por se voltarem para frente e serem excepcionalmente longos, correspondendo a aproximadamente 40% do comprimento total do crânio - os maiores entre os centrossauríneos, tanto proporcionalmente quanto em termos absolutos. O folho ósseo atrás da cabeça tem formato quase circular e, em vez de possuir espinhos elaborados, é margeado por pequenas ossificações (ossos epoccipitais) arredondadas.
A função do focinho robusto é desconhecida, mas poderia estar relacionada à mastigação, como, por exemplo, para absorver grandes esforços. Os chifres e folhos dos ceratópsios em geral podem ter servido para sinalização, combate ou reconhecimento entre os membros da espécie. No caso do nasutoceratope, os chifres virados para frente e fortemente curvados podem ter permitido intertravamento com os chifres do oponente, como fazem os bovídeos. Parente próximo do avaceratope, o animal viveu nas zonas subtropicais úmidas ao sul do então continente Laramídia - a porção ocidental da América do Norte, que se encontrava dividida pelo Mar Interior Ocidental durante o Cretáceo - e conviveu com diversas espécies, como gripossauro, parassaurolofo, Akainacephalus e os ceratópsios Utahceratops e Kosmoceratops. Entre seus possíveis predadores estavam o tiranossaurídeo Teratophoneus e o grande crocodiliano dinossuco.
O primeiro fóssil de nasutoceratope foi descoberto em 2006, por Eric Karl Lund, na Formação Kaiparowits, em Utah, nos Estados Unidos. Material adicional foi encontrado no mesmo local nos anos subsequentes. Os exemplares conhecidos incluem um crânio, parte do esqueleto e raras impressões de pele com escamas de um indivíduo subadulto, além de dois outros crânios parciais. Em 2013, o espécime mais completo foi feito de holótipo para o novo gênero e espécie Nasutoceratops titusi, descrito por Scott Sampson e colegas. O epíteto específico do nome homenageia o paleontólogo Alan Titus por seu trabalho de pesquisa na região.
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Sauropsida
Clado: Dinosauria
Clado: †Ornithischia
Clado: †Ceratopsia
Família: †Ceratopsidae
Subfamília: †Centrosaurinae
Tribo: †Nasutoceratopsini
Gênero: †Nasutoceratops
Espécie: †Nasutoceratops titusi
Réplica de crânio de nasutoceratope no Museu de História Natural do Arizona, em Mesa, Arizona, EUA, em 2018. |
Vim aqui marcar minha presença! Desculpe pela ausência de um mês rsrs
ResponderExcluirEstá desculpado, kkk. Eu mesmo não estou tão presente como gostaria!
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