Mamíferos primitivos sobre um esqueleto de Triceratops, um dos últimos dinossauros não avianos. © Mark Hallett |
Os mamíferos surgiram há cerca de 160 milhões de anos, no início do período Jurássico, quando os dinossauros começavam sua grande diversificação. Porém, durante a era dos dinossauros, estes pequenos animais peludos, que não passavam do tamanho de ratos, eram relegados à clandestinidade do ecossistema.
Não bastasse terem sobrevivido à ameça dos "lagartos gigantes", eles ainda tiveram que enfrentar uma das maiores catástrofes da história da Terra, há 66 milhões de anos. É curioso como conseguiram resistir a esse evento, enquanto milhares de espécies, incluindo os imbatíveis dinossauros não avianos, simplesmente eram exterminados da face do planeta.
Essa é uma pergunta que não pode ser respondida definitivamente, até porque ainda nem sabemos ao certo por que os dinossauros não avianos se extinguiram. Considerando a teoria do grande asteroide, talvez tenha sido justamente o porte pequeno que fez com que os mamíferos não tivessem o mesmo fim. As dimensões reduzidas podem tê-los ajudado a encontrar abrigo em ambientes seguros, por exemplo. Acredita-se que os primeiros monotremados, marsupiais e placentários eram animais semiaquáticos ou que viviam em tocas (de fato, muitas linhagens de mamíferos apresentam tais hábitos nos dias de hoje), e esse comportamento pode ter oferecido uma proteção maior contra os desastres naturais.
Alguns cientistas ainda afirmam que os dinossauros já se encontravam em decadência 2 milhões de anos antes de sua extinção definitiva. Muitas linhagens eram raras e outras não mais existiam - é o caso dos saurópodes e dos estegossauros. A queda do asteroide teria apenas adiantado o fim de um grupo já ameaçado, que desapareceria mais cedo ou mais tarde. Nesse caso, não seria exatamente um milagre os mamíferos terem sobrevivido.
Outra hipótese sobre a extinção em massa do final do Cretáceo é a de que certos movimentos sofridos pelos continentes provocaram mudanças nas correntes marítimas e também no clima do planeta. Isso fez a temperatura baixar, o que causou invernos mais rigorosos e, consequentemente, o desaparecimento de muitos seres vivos. Diante disso, a capacidade de controlar a temperatura interna do corpo explicaria como os mamíferos conseguiram cruzar os limites do Mesozoico. Características como a pele coberta por pelos e a presença de glândulas sebáceas e sudoríparas ajudam a regular a temperatura, tornando possível o desenvolvimento de mecanismos fisiológicos mais complexos e eficientes.
Com os grandes dinossauros fora de circulação, os mamíferos tiveram a oportunidade de progredir e evoluir. É importante ressaltar que estes não escaparam ilesos da extinção, mas sofreram perdas igualmente. Muitas espécies foram extintas e outras nunca recuperaram a população que tinham antes do cataclismo. Essa seria a razão pela qual marsupiais não são mais abundantes como outrora - seu habitat, atualmente, está restrito à Austrália e à América do Sul. Os mamíferos estiveram à beira de seguir o mesmo caminho dos dinossauros, e, se isso tivesse acontecido, nós nunca teríamos chegado a existir. Felizmente, nós mamíferos somos seres inteligentes e com uma surpreendente capacidade de se adaptar.
O monotremado Steropodon galmani, que viveu no Cretáceo. Monotremados são mamíferos primitivos que põem ovos e cujos únicos representantes vivos são o ornitorrinco e a equidna. © Anne Musser |
Essa é uma pergunta que não pode ser respondida definitivamente, até porque ainda nem sabemos ao certo por que os dinossauros não avianos se extinguiram. Considerando a teoria do grande asteroide, talvez tenha sido justamente o porte pequeno que fez com que os mamíferos não tivessem o mesmo fim. As dimensões reduzidas podem tê-los ajudado a encontrar abrigo em ambientes seguros, por exemplo. Acredita-se que os primeiros monotremados, marsupiais e placentários eram animais semiaquáticos ou que viviam em tocas (de fato, muitas linhagens de mamíferos apresentam tais hábitos nos dias de hoje), e esse comportamento pode ter oferecido uma proteção maior contra os desastres naturais.
Cronopio dentiacutus, em sua toca, passam despercebidos por um dinossauro, no final do Cretáceo. © Jorge Antonio Gonzalez |
Alguns cientistas ainda afirmam que os dinossauros já se encontravam em decadência 2 milhões de anos antes de sua extinção definitiva. Muitas linhagens eram raras e outras não mais existiam - é o caso dos saurópodes e dos estegossauros. A queda do asteroide teria apenas adiantado o fim de um grupo já ameaçado, que desapareceria mais cedo ou mais tarde. Nesse caso, não seria exatamente um milagre os mamíferos terem sobrevivido.
Outra hipótese sobre a extinção em massa do final do Cretáceo é a de que certos movimentos sofridos pelos continentes provocaram mudanças nas correntes marítimas e também no clima do planeta. Isso fez a temperatura baixar, o que causou invernos mais rigorosos e, consequentemente, o desaparecimento de muitos seres vivos. Diante disso, a capacidade de controlar a temperatura interna do corpo explicaria como os mamíferos conseguiram cruzar os limites do Mesozoico. Características como a pele coberta por pelos e a presença de glândulas sebáceas e sudoríparas ajudam a regular a temperatura, tornando possível o desenvolvimento de mecanismos fisiológicos mais complexos e eficientes.
O primeiro marsupial conhecido, Sinodelphys szalayi, surgiu no início do Cretáceo. Marsupiais são os mamíferos que carregam seus filhotes, logo que nascem, em uma bolsa ventral, onde são amamentados até se desenvolverem completamente (como o canguru, o coala e o gambá). © H. Kyoht Luterman, 2006 |
Com os grandes dinossauros fora de circulação, os mamíferos tiveram a oportunidade de progredir e evoluir. É importante ressaltar que estes não escaparam ilesos da extinção, mas sofreram perdas igualmente. Muitas espécies foram extintas e outras nunca recuperaram a população que tinham antes do cataclismo. Essa seria a razão pela qual marsupiais não são mais abundantes como outrora - seu habitat, atualmente, está restrito à Austrália e à América do Sul. Os mamíferos estiveram à beira de seguir o mesmo caminho dos dinossauros, e, se isso tivesse acontecido, nós nunca teríamos chegado a existir. Felizmente, nós mamíferos somos seres inteligentes e com uma surpreendente capacidade de se adaptar.
como os mamiferos surgiram no jurassico sendo que cinógnato viveu no triassico?
ResponderExcluirO cinógnato não é um mamífero, mas um cinodonte (grupo que inclui os mamíferos). Leia mais na postagem sobre ele!
Excluirdesculpe me enganei
Excluiruma pergunta bem boba o ornitorrinco pode ser parente dos sinápsidos tipo um parente distante ?
ResponderExcluirTodos os mamíferos são sinápsidos, mas entendi o que você quis dizer. Mesmo tendo características bem diferentes, o ornitorrinco é um parente mais próximo dos demais mamíferos existentes do que aqueles sinápsidos mais antigos.
ExcluirTalvez o fato de serem pequenos tenha ajudado na medida em que podiam viver com pouca comida, também.
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