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06 fevereiro 2022

Baurutitan, um pequeno titã brasileiro

Crédito: Felipe Alves Elias, 2010

Atualizado em abril de 2024

    
O Baurutitan ("titã de Bauru") é um dinossauro saurópode que viveu no sudeste do Brasil durante a idade Maastrichtiana do Cretáceo Superior, de aproximadamente 72 a 66 milhões de anos atrás. Estima-se que atingia 12 a 14 m de comprimento, 3,5 m de altura no dorso e 10 t, um porte pequeno se comparado a alguns de seus parentes. Seu nome alude à estrutura geológica onde foi descoberto, o Grupo Bauru, e aos titãs da mitologia grega.

© Mundo Pré-Histórico
(Baseado na reconstrução de Felipe Alves Elias, 2011)

    Foi o quarto saurópode brasileiro identificado, depois do antarctossauro, do Gondwanatitan e do amazonsauro. O Baurutitan é classificado como um titanossauro litostrotiano (clado Lithostrotia) e distingue-se de espécies aparentadas por suas vértebras caudais particulares, estas possuindo projeções laterais (os chamados processos laterais transversos) mais robustas na região mais próxima da bacia - possível sinal de uma musculatura mais forte. Na verdade, a espécie é conhecida apenas por uma série articulada de 19 vértebras, composta pela última sacral e 18 caudais. Como os demais membros de seu grupo, era herbívoro e provavelmente vivia em bandos, vagando pela paisagem semiárida da região durante o Cretáceo. Conviveu com outros titanossauros semelhantes, como o trigonossauro e o Caieiria - o primeiro pode ser, inclusive, o mesmo animal que o Baurutitan, segundo um novo estudo.
    Os fósseis do Baurutitan foram descobertos em 1957, por Llewellyn Ivor Price, um dos primeiros paleontólogos brasileiros, em uma localidade conhecida como Pedreira Caieira, na fazenda São Luís, distrito de Peirópolis, em Uberaba, Minas Gerais. As rochas da região pertencem à Formação Marília do Grupo Bauru. A série de 19 vértebras bem preservadas, então nomeada como "Série C", foi reconhecida como pertencente a um titanossauro, mas em seguida armazenada, juntamente com diversos outros materiais encontrados (incluindo os fósseis do trigonossauro), na coleção do Museu de Ciências da Terra (MCT) do antigo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), no Rio de Janeiro - RJ. Não foi até 2005 que a espécie Baurutitan britoi foi oficialmente publicada e batizada, por Alexander Kellner, Marcelo Trotta e Diógenes de Almeida Campos. O nome específico homenageia Ignácio Aureliano Machado Brito, importante paleontólogo que orientou diversos estudantes, incluindo Kellner e Campos.

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Sauropsida
Clado: Dinosauria
Clado: Saurischia
Clado: †Sauropodomorpha
Clado: †Sauropoda
Clado: †Macronaria
Clado: †Titanosauria
Clado: †Lithostrotia
Gênero: †Baurutitan
Espécie: †Baurutitan britoi

Reconstrução esquelética do Baurutitan, com os elementos conhecidos (em branco) e inferidos a partir de espécies próximas (em cinza).
Crédito: Felipe Alves Elias, 2011
Crédito: (autor desconhecido)
Vértebras caudais de número 1 a 7 em vista lateral direita. Barra de escala = 10 cm.
Crédito: Kellner et al., 2005

9 comentários:

  1. Nossa, eu estava pensando nesses últimos dias em te sugerir uma postagem sobre algum animal brasileiro. Coincidência, kkkk!
    Enfim, a postagem ficou muito boa, a Brasil é o país dos titanossauros!

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  2. você não sabe o tão ansioso fico para um novo post seu

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  3. Opa , postagem nova por aqui ?!

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