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16 junho 2018

Pinacossauro, o anquilossauro de fósseis abundantes

© Berislav Kržić, 1995

    O pinacossauro ("lagarto prancha", do grego pinax + saurus) é um anquilossaurídeo de porte médio que viveu na Mongólia e na China entre 80 e 75 milhões de anos atrás, no final do Cretáceo. Tinha cerca de 5 m de comprimento e pesava até 1 t. Este é o anquilossauro com o maior número de exemplares fósseis do mundo, o que nos permite conhecer bem a estrutura e o desenvolvimento de seu esqueleto.

© Mundo Pré-Histórico
(Baseado na reconstrução de Gregory S. Paul, 2010)

    Seu corpo era plano, baixo e esguio. Um bico córneo liso e a língua musculosa arrancavam folhas e frutos de plantas baixas, que eram cortados por fileiras de pequenos dentes e então engolidos para serem processados pelo enorme intestino. A cabeça era protegida por pequenas telhas ósseas fundidas, daí seu nome. O pescoço, as costas e a cauda também eram resguardados por uma armadura feita de placas ósseas embutidas na pele. Espinhos recurvados e moderadamente longos cobriam as ancas e a cauda, e havia fileiras paralelas de pequenos nódulos ovais ao longo do dorso.
    O pinacossauro podia também defender-se ativamente de predadores usando a clava na ponta da cauda. Seu habitat consistia em um semiárido intercalado por oásis, onde não havia grandes terópodes. Sua estrutura mais leve em relação a outros anquilossauros pode ter sido uma adaptação para ganhar agilidade frente a predadores menores, como o velocirraptor. Há, contudo, indícios de um possível tiranossaurídeo de porte maior na região.
    Em 1923, uma expedição americana acompanhada pelo paleontólogo Walter Wallis Granger descobriu o animal, que foi nomeado em 1933 como Pinacosaurus grangeri. Desde então, vários esqueletos da espécie já foram descobertos, incluindo alguns quase completos e dezenas de indivíduos jovens, que morreram juntos, soterrados por tempestades de areia. Esta é uma prova de que ao menos os mais jovens viviam em grupo. Enquanto os esqueletos de anquilossauros são frequentemente encontrados preservados de barriga para cima, a maioria dos filhotes de pinacossauro, porém, morreu de bruços, com as pernas encolhidas embaixo do corpo.

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Sauropsida
Clado: Dinosauria
Ordem: †Ornithischia
Subordem: †Ankylosauria
Família: †Ankylosauridae
Subfamília: †Ankylosaurinae
Gênero: †Pinacosaurus
Espécies: †Pinacosaurus grangeri e †P. mephistocephalus

No pinacossauro, cada narina era formada por uma depressão com três a cinco buracos, uma adaptação para diminuir a perda de água através da respiração em ambientes áridos.
Crédito: Amy Martiny
© Gregory S. Paul, 2010

Fontes: HowStuffWorksNatural History MuseumPrehistoric Wildlife e Wikipedia.

19 comentários:

  1. Posso te fazer uma pergunta ???

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    1. Pode, você já fez uma pergunta mesmo.

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    2. Você sabe o que aconteceu com o paleoartista Felipe Elias Portfolio ??? você já usou algumas artes dele

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    3. Não sei, mas eu também não encontrei novas ilustrações dele.

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    4. ok eu estou preocupado

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    5. Acho que ele só está com outros trabalhos, encontrei-o no Facebook.

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    6. não ele não posta mais nada nó facebook

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  2. escreve sobre o sinoceratops pfv pfv

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  3. Espera! Mas não descobriram o nodossauro que também estava muito bem preservado?
    Poderia me elucidar está dúvida?

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    1. Ah sim, esse nodossauro foi batizado de Borealopelta markmitchelli. Na verdade, eu quis dizer que o pinacossauro é o anquilossauro mais bem preservado em relação ao número de espécimes encontrados, que passam de 100 indivíduos!
      Que bom que você falou, vou ter que alterar o título da postagem para não causar mais esse equívoco. Valeu!

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    2. Agora sim! Fico feliz que te ajudei

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  4. É possível que esses indícios de um tiranossaurídeo seja do Alectrossauro?

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    1. Alguns deles sim, enquanto outros são incompletos demais para se identificar a que gênero pertencem.

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    2. Agora sim, tudo explicado! Valeu!

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  5. Ótimo site! Sem duvida o melhor!

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  6. Anônimo11/4/21

    O autor da ilustração do esqueleto é Gregory S. Paul

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    1. Ah, obrigado. Não tinha encontrado o autor, mas devia ter imaginado que era ele.

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