Vida marinha ordoviciana da América do Norte Ilustração do livro A Sea without Fish © Indiana University Press |
O Ordoviciano, ou Ordovícico, segundo período da era Paleozoica, começou há 488 milhões de anos e terminou há 443 milhões, sucedendo o período Cambriano e precedendo o Siluriano. É subdividido nas épocas Ordoviciano Inferior (a mais antiga), Ordoviciano Médio e Ordoviciano Superior (a mais recente). O nome vem do latim ordovices, antigo povo celta que vivia na região central do País de Gales.
Tabela do tempo geológico em escala, com destaque para o Ordoviciano. © Mundo Pré-Histórico |
O período foi caracterizado por frequentes terremotos. O mar estava acima do nível atual, e a atmosfera possuía grandes concentrações de gás carbônico. A maior parte das massas continentais confinava-se ao sul, formando o supercontinente Gonduana. Suas terras, invadidas por extensos mares rasos, possuíam agora um clima mais úmido e ameno.
O Ordoviciano foi um período de resfriamento global: mais tarde, uma grande camada de gelo cobriria grande parte do Hemisfério Sul.
O Ordoviciano foi um período de resfriamento global: mais tarde, uma grande camada de gelo cobriria grande parte do Hemisfério Sul.
Disposição dos continentes no Ordoviciano
© Dr. Ronald Blakey, Universidade do Norte do Arizona
(Com modificações)
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A vida em evolução
Trilobitas, moluscos e crinoides (lírios-do-mar) © Karen Carr / Indiana State Museum Foundation |
Os invertebrados continuaram sendo as formas de vida dominantes nos mares, apresentando uma grande diversidade de espécies, entre elas graptólitos, braquiópodes* e trilobitas (que atingiram seu auge). Dividiam espaço algas, corais, moluscos cefalópodes (semelhantes a lulas) e os primeiros lírios-do-mar.
Entre os vertebrados, desenvolveram-se os peixes agnatos (sem mandíbula) e um grupo que inclui tubarões e peixes ósseos como os mais antigos vertebrados com maxila.
Apesar de surgirem no Cambriano, os graptólitos tiveram a maioria de seus grupos originados no Ordoviciano. Formavam colônias de estruturas interligadas; alguns afixavam-se no fundo submarino, outros flutuavam na superfície da água. |
Os peixes sem maxilas, como o Arandaspis do início do Ordoviciano, foram os primeiros peixes. Suas bocas circulares permaneciam sempre abertas, sugando partículas de alimento na água. Crédito: Nobu Tamura |
Algas verdes proliferavam e se adaptaram a habitats de água doce, enquanto plantas similares aos musgos começaram a colonizar os ambientes terrestres, que até esse momento eram habitados somente por líquens. Essas plantas estavam ainda fortemente vinculadas à água, necessitando dela para reprodução, e cresciam somente nas margens de lagos e córregos. São as briófitas.
* Braquiópodes: animais marinhos cujo corpo mole é protegido por uma concha com duas valvas, à semelhança dos mexilhões. A maioria viveu no Paleozoico.
Fontes: Brasil Escola, Enciclopédia dos dinossauros e da vida pré-histórica (São Paulo: Abril, 2008), Faculdade de Geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, InfoEscola, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Wikipédia.
Muito bom, me ajudou muito, Valeu aí Felipe Bampi
ResponderExcluirValeu! Abraços.
Excluirshow
ResponderExcluirmuito interessante!
ResponderExcluirsó se for p ti
Excluiré muito interessante sim
ExcluirBriófitas se tornaram de grande porte, como àrvores em períodos posteriores; confere? Vou pesquisar...
ResponderExcluirAs plantas que atingiram grande porte nos períodos seguintes (especialmente no Carbonífero) eram plantas vasculares, conhecidas como "pteridófitas". As briófitas nunca atingiram um porte elevado.
ExcluirFelipe, as pteridófitas formam um grupo natural ou são somente várias linhagens separadas?
ExcluirNão formam um grupo natural, são um agrupamento parafilético.
ExcluirEntendi, valeu!
ExcluirOi, se mecione as marés gigantescas pois a lua estava mais próxima à Terra...
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