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27 agosto 2014

Caiuajara, a incrível descoberta brasileira

© Maurilio Oliveira, 2014 / Museu Nacional-UFRJ

    O Caiuajara (do tupi "ser antigo de Caiuá") é um gênero extinto de pterossauro brasileiro que viveu no fim do Cretáceo, entre 94 e 72 milhões de anos atrás, no sul do País. Alcançava 2,35 m de envergadura. Não somente o primeiro pterossauro do Sul do Brasil, o Caiuajara foi descoberto em um local considerado a maior aglomeração de pterossauros do mundo.

© Mundo Pré-Histórico

    Acredita-se que era herbívoro. Tinha uma cabeça grande, um bico desdentado e uma enorme crista. Viveu em colônias, nas raras regiões úmidas entre as dunas de um imenso deserto. Aliás, raras são também as ocorrências de pterossauros no interior de continentes.
    Os filhotes dessa espécie aprendiam a voar logo que nasciam, por isso os pais não precisavam cuidá-los por muito tempo. Durante o crescimento, a crista sofria fortes mudanças, tornando-se muito mais alta e íngreme. Tanto machos quanto fêmeas possuíam cristas, que projetavam-se da ponta do focinho para a parte de trás da cabeça. 
    A história do Caiuajara começa em 1971, quando o trabalhador Alexandre Dobruski e seu filho encontraram fósseis num campo perto de Cruzeiro do Oeste, no Paraná. Em 2011, os paleontólogos Paulo Manzig e Luiz Weinschütz resolveram estudar os achados. O surpreendente é que 47 indivíduos foram desenterrados. Finalmente, em 2014, a espécie foi nomeada e descrita. O nome genérico refere-se à formação geológica de Caiuá e ao gênero relacionado Tapejara; o nome específico (Caiuajara dobruskii) é uma homenagem aos seus descobridores.

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Sauropsida
Ordem: Pterosauria
Subordem: †Pterodactyloidea
Família: †Tapejaridae
Subfamília: †Tapejarinae
Tribo: †Tapejarini
Gênero: †Caiuajara
Espécie: †Caiuajara dobruskii

Diferentes estágios de desenvolvimento do Caiuajara: os filhotes (em claro) tinham cristas bem pequenas, que cresciam até proporções gigantescas.
© Paulo Manzig et al., 2014
A abundância de indivíduos identificados pôde mostrar que esta espécie vivia em colônias, além de permitir que os cientistas estudassem seu desenvolvimento desde filhotes com 65 cm a adultos com mais de 2 m. Na imagem, centenas de ossos, incluindo 14 crânios parciais.
© Paulo Manzig et al., 2014

Fontes: ExameSci.NewsVeja e Wikipedia.

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