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21 abril 2013

Como eram os sons dos dinossauros?

Carcharodontosaurus e Deltadromeus brigam por alimento.
© Mark Hallett

    Os sons emitidos pelos dinossauros e outros animais pré-históricos ainda são um mistério para os cientistas. No entanto, estudos de crânios podem trazer algumas pistas. São informações muito importantes para se entender diversos aspectos da vida desses animais. Os rugidos e bramidos podiam ser usados como forma de se localizar, para pedir socorro, encontrar parceiros, intimidar rivais e predadores ou até mesmo demonstrar seu estado de humor.
    Cada espécie produzia sons específicos, de maneiras diferentes e com determinadas funções. Os hadrossaurídeos, por exemplo, apresentavam em seus crânios grandes espaços ocos, chamados câmaras de ressonância, pelos quais o ar passava e vibrava. Assim, é possível identificar as frequências sonoras que seriam emitidas. Os cientistas acreditam que em alguns hadrossaurídeos as enormes cristas tubulares funcionavam como amplificadores dessas câmaras, pois continham um labirinto de cavidades de ar, e que o tipo de som de uma espécie seria diferente do das outras.

Crânio de Parasaurolophus, um hadrossaurídeo.

    Em um estudo recente, feito com modelos detalhados de cristas de Parasaurolophus, constatou-se que os chamados, parecidos com trompetes, eram diferentes inclusive para cada um dos sexos. Nos machos seriam mais altos e agudos, por causa de suas cristas longas e retas; enquanto nas fêmeas, mais baixos e graves, produzidos por cristas curtas e curvadas.

O saurópode Apatosaurus.
© Vladimir Nikolov

    Os dinossauros saurópodes também possuíam grandes câmaras de ressonância, mas talvez feitas para emitir sons graves, em frequências baixas, como os golfinhos e as baleias atuais. Alguns dinossauros, os anquilossauros e os estegossauros, de capacidade cerebral reduzida, utilizariam mais, imagina-se, a comunicação visual, exibindo seus chifres, espinhos e couraças. Assim, eles apenas roncariam como hipopótamos e porcos, apesar de quase não haver estudos sobre isso.
    Com relação aos ceratópsios, acredita-se que eles também não dariam tanta importância para a comunicação sonora, com seus imponentes chifres e escudos, mas que produzissem roncos e mugidos. Em contraposição, os dinossauros dromeossaurídeos e troodontídeos, de elevada capacidade cerebral, teriam uma linguagem mais elaborada, com rosnados, piados e chiados.

Ceratópsios, como o Pentaceratops, seriam criaturas de orientação visual.
O Troodon estava entre os dinossauros mais inteligentes.

    Os grandes carnívoros são sempre mostrados pela mídia aterrorizando com seus altos rugidos, porém ainda nem se tem ideia de qual som faziam. Poderia mesmo ser que eles rugissem, para ameaçar rivais ou espantar predadores menores, a fim de roubar-lhes a caça. É o que parece estar acontecendo entre o Carcharodontosaurus e o Deltadromeus na primeira imagem...
    Muitos dos animais pré-históricos possuem descendentes vivos, ou existem hoje animais com modo de vida semelhante, o que torna mais fácil recriar os possíveis sons que eles teriam emitido. É o caso dos mamutes e tigres-dentes-de-sabre, ou dos pterossauros, que tinham comportamento similar ao das aves de grande porte atuais. Contudo, ao longo dos anos, com o progresso da ciência, é certo que descobriremos mais sobre os hábitos desses animais extintos e como eles se comunicavam.

Mamute da espécie Mammuthus meridionalis.

Fontes: Ache Tudo e Região e AVPH.

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