Chasmosaurus e Tyrannosaurus, em versões extravagantemente coloridas. © Luis V. Rey |
A coloração que os dinossauros apresentavam, bem como outros animais conhecidos apenas por meio de fósseis, é um grande mistério. Sempre coube à imaginação determinar as cores que, em vida, estampavam peles, escamas e penas nesses seres. Mas para a ciência parece que nada é impossível. Nos últimos anos, até mesmo esses detalhes começaram a ser descobertos pelos cientistas.
Até hoje, não se sabe qual era a cor que possuíam os mais famosos dinossauros. E é possível que nunca saibamos, enquanto não encontrarmos pele fossilizada em alto grau de preservação, o que é algo extremamente raro. Em filmes e ilustrações, por exemplo, tudo fica a critério dos paleoartistas.
Entretanto, há várias hipóteses. Muitos dizem que os dinossauros possuíam tons monótonos de cinza ou verde, permitindo-lhes misturar-se com o ambiente ao redor, o que seria uma vantagem tanto para os herbívoros quanto para os carnívoros. Grandes animais modernos de sangue quente, como elefantes e rinocerontes, possuem cores pouco chamativas, para se esconderem de predadores.
Um Apatosaurus cinzento. Crédito: (autor desconhecido) |
Outros paleontólogos, porém, defendem o contrário. Cores mais vibrantes e variadas, como roxo, laranja, amarelo, azul e tudo o mais, teriam ajudado algumas espécies a reconhecerem uns aos outros e atrair parceiros. Estes cientistas apreciam essa ideia pois muitas aves atuais são bem coloridas e elas descendem dos dinossauros. Talvez ainda houvesse espécies em ambos os casos, dependendo de sua necessidade e adaptação, afinal o grupo dos dinossauros é muito amplo e diverso.
Caudipteryx é um terópode muito parecido com uma ave, que viveu há 125 milhões de anos. Dinossauros com penas provavelmente eram diversamente coloridos. © Science Photo Library |
Ceratópsios, como este Albertaceratops, podiam ter cores fortes não só para intimidar predadores, mas também para se exibirem para as fêmeas. © Scott Hartman, 2004 |
Primeiras descobertas
Sinosauropteryx viveu no nordeste da China, há mais de 120 milhões de anos. © James Robins, 2010 |
Se as chances da pele de um dinossauro se fossilizar são baixas, as notícias são um pouco melhores a respeito da conservação de penas. Um estudo pioneiro, publicado em 2010, revelou que o pequeno dinossauro chinês Sinosauropteryx tinha a cauda coberta por uma penugem que alternava anéis em laranja e branco. Além disso, a ave primitiva Confuciusornis tinha penas que variavam entre branco, laranja, marrom e preto.
A ave chinesa Confuciusornis, um dos vertebrados fósseis mais abundantes da formação Yixian. © Green-Mamba |
Para chegar ao resultado, paleontólogos britânicos e chineses examinaram estruturas celulares chamadas melanossomos - grânulos microscópicos de pigmento de melanina responsáveis pela coloração. A análise de elétrons revelou semelhanças e diferenças entre melanossomos antigos e de animais modernos. Ao mapear a localização e o tamanho destes grânulos, os cientistas podem deduzir as cores a partir de provas fossilizadas. Melanossomos são encontrados em penas de numerosos fósseis de dinossauros e aves descobertos no nordeste da China - um tesouro valiosíssimo, pois raramente pele e penas são fossilizadas.
Agora, ilustrações precisas com as cores de alguns animais extintos já são possíveis, graças às novas técnicas de análise microscópica de fósseis. Quem sabe, no futuro, não saibamos a cor exata de nossos dinossauros favoritos?
ótimas notícias :)
ResponderExcluirExcelente!
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirBastante interessante!🦕
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