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21 maio 2018

Rhyniognatha, o inseto mais antigo

O fóssil singular permaneceu intocado no Museu de História Natural de Londres por mais de 70 anos.
Crédito: Museu de História Natural de Londres / Alamy Stock Photo

    Rhyniognatha ("mandíbulas de Rhynie") é considerado o mais antigo inseto conhecido do mundo. Viveu no norte da Europa e surgiu bastante cedo no Devoniano, entre 407 e 396 milhões de anos atrás, quando os primeiros ecossistemas terrestres do planeta estavam sendo formados. Lembra superficialmente uma traça-dos-livros atual e media, possivelmente, 5 mm de comprimento.

© Mundo Pré-Histórico

    Como outros insetos de seu tempo, o Rhyniognatha provavelmente alimentava-se de folhas com esporângios (os órgãos das plantas que produzem esporos), embora pudesse igualmente comer outros insetos ou artrópodes. Mastigava a comida com um par de mandíbulas eficientes e dicondílicas (ou seja, com duas articulações cada), uma estrutura encontrada somente nos insetos alados. Isso sugere que as asas já haviam evoluído nessa época e que o próprio Rhyniognatha pudesse voar. Portanto, os primeiros insetos provavelmente apareceram muito antes, no início do período Siluriano. O voo dos insetos pode ter evoluído em conjunto com o dramático aumento de altura das plantas terrestres durante o Devoniano, ajudando-os a controlar a descida dos ramos de onde obtinham alimento.
    Partes da cabeça e boca, preservadas em um fragmento de sílex, foram coletadas em 1919, nas jazidas de Rhynie, na Escócia. Em 1926, os pesquisadores S. Hirst e S. Maulik descreveram o achado como um artrópode colêmbolo da espécie Rhyniella praecursor. Em 1928, o fóssil foi reclassificado como um artrópode genérico e renomeado como Rhyniognatha hirsti, pelo entomologista Robin John Tillyard. Somente em 2004, com o auxílio de microscópios de maior precisão, descobriu-se que era um inseto verdadeiro, o mais antigo que se conhece e, ainda assim, bastante avançado.

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Gênero: †Rhyniognatha
Espécie: †Rhyniognatha hirsti

Imagens vistas por microscópio e interpretação das estruturas do animal. No canto superior direito, uma restauração da cabeça de Rhyniognatha, com seus palpos (em azul) e mandíbulas (em vermelho).
Crédito: Carolin Haug e Joachim T. Haug, 2017

Fontes: BBC NEWS, Folha de S.PauloNew Scientist e Wikipedia.

2 comentários:

  1. Gaspar Joao2/8/21

    eu vendo a postagem da rhyniognatha lembrei que muitos fosseis sao descobertos e colocados em caixas e so depois de anos sao analisados isso aconteceu com o pelagornis thanatotheristes e muitos outros isso acontece por quais motivos

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    1. Geralmente, quando os paleontólogos vão a campo, eles encontram mais material do que conseguem analisar, pois esse é um trabalho minucioso que pode levar anos. Com a falta de profissionais para estudá-los e, muitas vezes, de recursos financeiros também, vários desses fósseis podem acabar empoeirando em armários de museus por décadas.

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