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16 maio 2018

Genyornis, o último pássaro-trovão

© Roman Uchytel / Science Photo Library

    O Genyornis ("ave da mandíbula", em grego) é uma antiga ave não voadora que viveu na Austrália entre 1,8 milhão e 40 mil anos atrás, no final do Pleistoceno. Com até 2,25 m de altura e 250 kg, era uma ave grande e volumosa, com asas pequenas e pernas fortes. Seus parentes vivos mais próximos são os patos e gansos. Foi o último membro da família de aves Dromornithidae, conhecidas como "pássaros-trovão" ou "patos demoníacos", das quais o maior representante é o gigante Dromornis.

© Mundo Pré-Histórico

    Suas pernas musculosas lhe permitiam correr relativamente rápido, apesar do tamanho. Possuía garras em forma de casco nos pés e um bico grande e afiado, com o qual comia frutas e nozes. Sua cabeça em forma de cunha tinha uma mandíbula funda e bastante reforçada, capaz de exercer uma grande força ao longo do bico. O Genyornis distribuía-se pelo sul e leste da Austrália, em habitats que variavam de florestas abertas a savanas. Segundo indicam os registros fósseis, vivia em grupos, que se reuniam em locais de nidificação.

Crédito: Peter Trusler

    A espécie foi descrita em 1896. Crânios e esqueletos completos são conhecidos, embora muitos fragmentados, além de gastrólitos, pegadas e pedaços de cascas de ovos. Fósseis já foram encontrados em associação com artefatos humanos, incluindo pinturas rupestres detalhadas - o Genyornis coexistiu com os primeiros aborígenes do continente durante 15 mil anos, ao menos. Como essa ave declinou e desapareceu em um curto período, a atividade humana tem sido apontada como a causa mais plausível para sua extinção e a de muitas outras espécies australianas da época.

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Infraclasse: Neognathae
Superordem: Galloanserae
Ordem: †Gastornithiformes
Família: †Dromornithidae
Gênero: †Genyornis
Espécie: †Genyornis newtoni

Esqueletos de Genyornis e Diprotodon expostos no Museu de Melbourne, Austrália.
Crédito: Craig Dylke, 2008
Esta arte rupestre aborígene de 40 mil anos, encontrada em 2008 na Terra de Arnhem, norte da Austrália, pode ser a pintura mais antiga do continente. Ela representa duas aves semelhantes a emus, com todas as características do Genyornis.
Crédito: Ben Gunn

Fontes: Australian Museum, Melbourne Museum, The Conversation, ThoughtCoWikipedia.

11 comentários:

  1. Eita... Isso frito com uma farofinha hein

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    1. KKKKKKKK Por isso eles estão extintos!

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    2. Kkkkkk, Ótima postagem, teria algum membro desta família que seria carnívoro?

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    3. Não se sabe ao certo, mas acredita-se que ao menos alguns dromornitídeos podem ter sido parcialmente carnívoros ou carniceiros, como o Bullockornis, que tinha um bico robusto e afiado.

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    4. Legal, eles então tomariam o lugar das aves do terror? Achei bem bonita esta ave

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    5. Na verdade, não. As duas famílias viveram ao mesmo tempo, porém, enquanto as aves-do-terror (Phorusrhacidae) viveram nas Américas (possivelmente, na África e na Europa também), os pássaros-trovão (Dromornithidae) estiveram restritos à Austrália. Além disso, o consenso atual é que os dromornitídeos eram mesmo herbívoros, ao contrário dos forusracídeos, que chegaram a representar os maiores predadores sul-americanos.

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  2. Anônimo29/5/21

    qual foi o primeiro passaro trovao ou pelo menos o mais antigo

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    1. Barawertornis tedfordi e Dromornis murrayi são as espécies mais antigas conhecidas, tendo vivido do final do Oligoceno ao início do Mioceno. Porém, possíveis pegadas datam ainda do início do Eoceno.

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  3. Anônimo29/5/21

    a aepyornis maximus e mesmo a maior ave que ja existiu

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    1. Atualmente esse título é do Vorombe titan, identificado como um gênero diferente de Aepyornis em 2018.

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  4. Fico me imaginando. Como seria conviver com uma ave dessa até hoje?
    Da para notar que o Genyornis era menor, em termo de tamanho, do que um avestruz, mas é mais pesado.
    Talvez, uma das coisas bizarras sobre o Genyornis, uma ave de 250 kg, era parente dos patos e gansos, que podem pesar até uns 15 kg, kkkkkk!

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