Páginas

25 março 2009

Espinossauro, o primeiro dinossauro aquático

© Todd S. Marshall

Atualizado em julho de 2015

    O espinossauro ("lagarto espinho") é um grande terópode que viveu no norte da África em meados do Cretáceo, entre 112 e 97 milhões de anos atrás. É o maior dinossauro carnívoro conhecido, superando o giganotossauro: os cálculos giram em torno de 15 m de comprimento e 7 toneladas.
    Lembrando um crocodilo, seu crânio longo e estreito era adaptado para comer peixes, pouco resistente para predar grandes animais terrestres; os dentes cônicos e retos também não eram serrilhados. Possuía braços longos e fortes com grandes garras. Apesar de ser bípede, estudos sugerem que ele ocasionalmente andava sobre as quatro patas e que seu habitat abrangia tanto terra quanto água - este seria, portanto, o primeiro dinossauro semiaquático já descoberto.
    No entanto, sua característica mais famosa são as extensões das vértebras dorsais, com quase dois metros, provavelmente conectadas por pele, em vida, e formando uma estrutura em forma de vela. Várias funções já foram propostas para ela, sendo a mais plausível a de exibição, seja para intimidar outro predador ou para transmitir informações sobre idade e gênero a outros espinossauros.
    Os primeiros achados foram encontrados no Egito, por Richard Markgraf, em 1912, e descritos pelo paleontólogo alemão Ernst Stromer, em 1915. Embora os fósseis originais, que encontravam-se em Munique, na Alemanha, tenham sido destruídos na Segunda Guerra Mundial, as anotações e esboços meticulosos de Stromer resistiram para conservar o escasso conhecimento a respeito desse animal. Felizmente, novo material fóssil veio à tona nos últimos anos. Uma maior precisão nas estimativas de tamanho, contudo, ainda depende da descoberta de restos mais completos.

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Sauropsida
Clado: Dinosauria
Clado: Saurischia
Clado: Theropoda
Família: †Spinosauridae
Subfamília: †Spinosaurinae
Gênero: †Spinosaurus
Espécies: Spinosaurus aegyptiacus e S. maroccanus?

© Mundo Pré-Histórico
Reconstituição de Spinosaurus aegyptiacus em Chiba, no Japão.
© Nobu Tamura
Os mais recentes estudos apontam para um dinossauro quadrúpede, com pernas muito mais curtas do que estamos acostumados a ver em representações do espinossauro. Narinas no alto da cabeça e pés achatados estariam entre suas adaptações para a vida em meio a pântanos e rios.
© Davide Bonadonna

Fontes: Live ScienceVeja.com e Wikipedia.

23 comentários:

  1. Anônimo17/5/15

    Gosteiiiiii

    ResponderExcluir
  2. Velho,eu realmente to impressionado com este blog!Sempre gostei de dinossauros e eu to montando um mini-guia deles,e pode apostar,esse blog vai ta nos créditos!
    Continuem fazendo este trabalho incrível

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Amigo, muito, muito obrigado! Vou continuar sim, e aos poucos vou melhorando o que pode ser melhorado.
      Ah, gostaria de ver seu trabalho quando estiver pronto!

      Excluir
    2. tá faltando um dinossauro indominus rex

      Excluir
    3. O Indominus rex é uma espécie fictícia, criada especialmente para o filme Jurassic World, mas não deixa de ser uma fera muito legal e assustadora!

      Excluir
  3. Sas coisas que falam sobre dinossauros, não são só suposições?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Quorthon! Não são meras suposições, tudo o que se sabe sobre os dinossauros, como acontece em qualquer área da Ciência, é baseado em evidências e passa por estudos profundos, que analisam os fósseis e sua relação com criaturas modernas. É claro que, muitas vezes, uma informação mostra-se equivocada com o passar do tempo e novas evidências podem surgir, mas isso só aprimora nosso conhecimento sobre esses animais.

      Excluir
  4. Faz todo sentido um crânio com boca semelhante a dos crocodilos e por ser terráqueo e aquático,essa versão atualizada acredito sim ser a mais correta.mas a versão mais antiga de pernas longas também tem lógica.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O difícil é se acostumar com a imagem de um espinossauro quadrúpede e baixinho, depois daquele que apareceu em Jurassic Park III, não é mesmo?

      Excluir
  5. Eu acho q prefiro o Spinossauro bipede

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É que por muito tempo ele foi representado desse jeito, mas fazer o quê? Evidências são evidências!

      Excluir
  6. Poderia por informações sobre a "nova" calda do spino? Pois novas descobertas apontam que ele averia uma calda parescida com a do mosassauro.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, ainda vou atualizar a postagem com as novas descobertas sobre ele.

      Excluir
  7. com o espinossauro quadrupede ele deixa de ser um terópode???

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não! Apesar de todos os outros terópodes serem bípedes, não é isso que os define, necessariamente. O que importa são as relações de parentesco entre as espécies, por isso o fato de ser quadrúpede não altera em nada a classificação do espinossauro.

      Excluir
  8. Gaspar Joao23/7/21

    Felipe sobre todas essa polêmicas da calda do Espinosauro dele ser quadrupede provavelmente ele não era quadrupe e o teste do hibraim (pode ser) errôneo pois os parentes do Espinosauro eram bipedes como Suchomimus e Barionix ele tinha pernas menhores que esses citados pode ser que essa diminuição das pernas venha da calda dele tendo a calda tipo de um peixe talvez as pernas tenha diminuido por esse motivo ele como outros dinosauros tinha ossos ocos e pudesse andar de duas patas sendo um teropode ele é parente das aves e as aves são bipedes e o Espinosauro tinha garras afiadas e provavelmente as ussava para defesa mais me diz sua opinião Felipe

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Segundo o último estudo publicado, o espinossauro era bípede mesmo, pois percebeu-se que, mesmo com pernas curtas, o centro de massa de seu corpo continuaria localizado sobre os quadris. Além disso, os terópodes de maneira geral não são capazes de rotacionar as mãos para baixo para apoiá-las no chão. Agora, se o espinossauro realmente tinha pernas tão curtas ou não, acredito que precisamos de mais fósseis para termos certeza.

      Excluir
    2. Se essa questão do quadrupedalismo fosse realmente um consenso geral na comunidade científica, o espinossauro teria andado semelhante a um tamanduá, já que os terópodes não podem pronar suas mãos, mas acho que essa hipótese também não seria bem aceita, visto que um tamanduá consegue suportar seu peso andando sobre as garras, mas um dinossauro como o espinossauro, seria bem mais complicado.

      Excluir
    3. Bem , é muito nítido nos fósseis que as pernas eram curtas . Fizeram testes e concluíram que as pernas batiam com os outros fósseis da área ( logo , eram pertencentes ao mesmo indivíduo , porque antes alguns consideraram que os fósseis do neótipo eram , na verdade , uma quimera ) .Por fim , os restos eram bem preservados , portanto , não há muita dúvida quanto a isso . Todas as representações artísticas da atualidade ( incluindo as dos renomados Mario Lanzas e Cisiopurple ) o representam assim , sem dúvidas ou observações nas ilustrações .

      Excluir
    4. Eu encerro com uma pergunta : apesar de tudo isso ( minhas provas no caso ) , por que esse assunto ainda é alvo de debate ?

      Excluir
  9. Gaspar Joao16/8/21

    Sabe nautilus e Felipe eu sinto que esse debate sobre o Espinosauro em si não vai parar pois o Espinosauro é algo totalmente novo entre os teropodes então muitas duvidas teremos e ainda temos então nós resta ussar evidências as informações são muito valiosas principalmente por os Espinosaurideos terem ossos frágeis até por que se não temos evidências buscamos seus parentes mais próximos e mais completos como Suchomimus Barionix mais o Espinosauro é difente de tudo que conhecíamos então não dá para ussar muito seus parentes como guia então resta ussar evidências e supor teorias coerentes e ver se elas se provam verdadeiras

    ResponderExcluir
  10. Anônimo22/1/22

    O espinossauro podia ter predado animais grandes e era forte para quebrar o pescoço de um dinossauro

    ResponderExcluir

Todos os comentários passam por aprovação do autor.
Comentários incoerentes ou ofensivos não serão publicados, mas críticas e sugestões são bem-vindas.